Pit-Bull que atacou garoto já havia atacado professora no mesmo local

O ataque do cachorro Pit-Bull não foi o primeiro caso em Cuiabá. O mesmo animal já havia atacado outra pessoa tempos trás no mesmo local. O dono do cão teria sido alertado sobre o perigo, mas nada teria feito para evitar outra tragédia. Ontem, por volta das 15h30, aconteceu o que muita gente temia.

Preso em uma casa da Rua João Batista Leite da Silva, no bairro Araés, o Pit-Bull se soltou e foi para o meio da rua or onde passavam os irmãos Marcos Vinícius Rodrigues Monteiro, de 10 anos, e Thalison Gouveia Monteiro, nove. Marcos correu e subiu em um muro, mas Thalison não teve a mesma sorte.

O animal atacou o garoto, e só não o matou porque um soldado do Corpo de Bombeiros que trabalha em uma unidade bem próximo, correu e disparou um tiro contra o cachorro. Mesmo baleado o cão continuou mordendo o garoto que só foi salvo da morte porque outras pessoas interferiram e mataram o animal a pauladas.

Thalison sofreu ferimentos graves, principalmente no rosto e nos olhos. Foi operado por mais de seis horas no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), mesmo assim ainda corre risco de perder a visão.

João da Costa Monteiro, pai do pequeno Thalison, que mora na Rua Onório Duque Estada, no mesmo bairro, registrou na noite de ontem, queixa-crime na Central de Registros de Ocorrências da Delegacia Metropolitana, onde fez sérias denúncias contra o dono Pit-Bull.

João Monteiro confirmou que o mesmo animal já havia atacado uma professora. Disse também que alertou no dono do Pit-Bull sobre o perigo, mas que o mesmo não tomou nenhuma providência. “Ele não ligou e também não deu assistência à família da vítima na época”, afirmou João Monteiro na ocorrência registrada.