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Agronegócios
Quarta - 12 de Julho de 2006 às 06:55
Por: Marcondes Maciel

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Mesmo com a crise que vem afetando o agronegócio mato-grossense, a 42ª Exposição Internacional Agropecuária, Comercial e Industrial de Cuiabá (Expoagro), a ser aberta amanhã – estendendo-se até o dia 23 - promete novo recorde de comercialização nos leilões de animais, especialmente de bovinos e equinos.

A expectativa da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat) é de incremento acima de 10% em relação ao faturamento de 2005. No ano passado, a comercialização nos leilões - que concentra o maior volume de transações em moeda durante a feira – alcançou R$ 9,07 milhões e, para este ano, a previsão é de que as cifras ultrapassem a R$ 10 milhões, segundo o diretor tesoureiro da Acrimat, Júlio Rocha.

Ele informou que a procura pelos leilões foi antecipada este ano e a agenda já está cheia para o evento. “Estamos com uma expectativa muito otimista e esperamos por um resultado bem melhor do que o ano passado, apesar da crise”, ressaltou.

De acordo com o presidente da Comissão de Animais da Acrimat, Marcos Tenuta, no total serão ofertados 10 mil animais – entre gado de elite e de corte (machos e fêmeas) – para comercialização nos leilões. “Teremos ainda cerca de 500 animais de elite só para exposição durante e feira”, lembra.

Para a Expoagro 2006, já estão confirmados 22 leilões, contra 25 do ano passado. “O número de leilões será menor, mas o faturamento vai aumentar devido à qualidade dos animais [de elite] que serão expostos na feira”, explica Tenuta.

Um dos destaques será o “1o Leilão Guzerá Mata Negra e Convidados”, a ser realizado no próximo dia 21, às 17 horas, no Pavilhão de Eventos da Acrimat.

Nesse leilão serão expostos 60 lotes de animais de elite oriundos de regiões como São Paulo, Minas Gerais (Triângulo Mineiro) e Paraná, além do rebanho de Mato Grosso.

Outro importante leilão será o do Grupo Camargo, no próximo dia 17. Nesse leilão, serão ofertas 150 reses de elite P.O. O diretor do grupo, Luiz Felippe, espera ainda vender 350 animais macho no leilão de corte a ser promovido pelo Grupo Camargo e convidados.

Luiz Felippe, que administra o grupo que detém cerca de 35 mil cabeças nos municípios de Poconé e Nortelândia (MT) e Jaú (SP), está otimista em relação à Expoagro deste ano. “Será melhor, sem dúvidas, pois teremos mais animais de alta linhagem expostos”, avalia.

O pecuarista lembra que no leilão de corte realizado recentemente em Sinop, todos os 2 mil animais ofertados foram vendidos, com o faturamento ultrapassando a R$ 1 milhão. “É um sinal de que este ano teremos grandes leilões, inclusive com resultados melhores para os pecuaristas”.

Para o pecuarista José João Bernardes, a crise não deverá afetar os negócios com leilões durante a Expoagro.

“Acredito que poderemos até mesmo superar os resultados do ano passado porque há uma perspectiva de melhora a partir de setembro ou outubro. E isso com certeza terá reflexo nos resultados dos leilões, pois os pecuaristas estão preocupados em melhorar a qualidade do seu rebanho”, disse Bernardes.

Gilson Gonçalo de Arruda, pecuarista com investimentos na região de Poconé e Alta Floresta, concorda que a Expoagro deste ano será melhor do que a de 2005.

“Será uma oportunidade para o pecuarista renovar o seu plantel e superar o atual momento de crise vivido pelo agronegócio”, analisa.

O pecuarista também acredita que a crise é “passageira” e o produtor “pode botar fé que os leilões deste ano serão melhores”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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