Começa o primeiro curso de inteligência de Segurança Pública do Brasil
Para o secretário de Administração de Mato Grosso, Geraldo de Vitto Jr, o curso é importante a partir do momento que fortalece a polícia não-repressiva, mas sim mais investigativa. Sobre o envolvimento de membros de mais de uma instituição, até mesmo de outros Estados, De Vitto ressaltou que “inteligência não se faz de forma isolada, mas de forma integrada”.
“Fico feliz por estar fazendo a abertura deste curso e me sinto mais seguro ainda sabendo que vocês estão se preocupando em se aperfeiçoar. Espero que possam extrair o máximo do curso para fazer o que melhor sabem: nos dar segurança”, afirmou De Vitto durante seu discurso de abertura.
Para a secretária adjunta de Gestão e Planejamento da Sejusp, Thaís Camarinho, o curso é de importância fundamental, pois o setor de inteligência é um dos mais sensíveis da área de Segurança Pública. “Não é apenas um curso de formação, mas de aperfeiçoamento. São alunos experientes que estarão tendo oportunidade de ampliar o conhecimento e que trarão resultados efetivos para os órgãos de segurança e população”, esclareceu.
Segundo ela, por meio do trabalho desenvolvido pelo serviço de inteligência do Sistema Penitenciário que foi possível antever situações como as que aconteceram em São Paulo, e desmantelar focos de rebelião. “A inteligência atua em ações de média e de grandes proporções”, ressaltou.
O diretor geral da Escola de Governo de Mato Grosso, Almir Balieiro, contou que o curso será realizado em três meses e meio, e terá uma formatação de curso semi-intensivo. “Durante uma semana eles terão aulas no período integral, e na outra semana não, e assim sucessivamente”, completou. Balieiro também explicou que o processo seletivo dos alunos foi feito pelos próprios órgãos a que eles pertencem e uma das exigências foi o fato deles já atuarem na área de inteligência.
“Esse é um curso fundamental para a área, que mostra que é preciso investir cada vez mais nos cursos de formação. O serviço de inteligência realizado de forma sistêmica aumenta a possibilidade de compreensão do contexto e com subsídios para tomadas de decisão”, concluiu.
“Um marco, não só em Mato Grosso, mas em âmbito federal, abrangendo órgãos de todas as esferas da segurança pública. Mostra que o conceito de inteligência em segurança pública está mudando a cada ano que passa, evoluindo cada vez mais e assim reduzindo custos”, assim avaliou o curso o delegado Anderson Garcia, Gerente da Inteligência da Polícia Civil e um dos alunos da pós-graduação.
O curso é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJ), Escola de Governo e a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e é considerado como modelo para o restante do país, e deverá ser aplicado em outros 11 estados brasileiros.
Os alunos da graduação são membros da Coordenadoria Geral de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), da Polícia Judiciária Civil, da Gerência de Inteligência do Sistema Prisional, do Corpo de Bombeiros Militar; do Núcleo de Inteligência da Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal de Mato Grosso (PRF/MT);do Núcleo de Inteligência Policial da Polícia Federal de Mato Grosso (PF/MT), da Coordenadoria de Inteligência da Casa Militar; da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso do Sul e outra para Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás.
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