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Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Segunda - 10 de Julho de 2006 às 08:41

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O senador Sibá Machado (PT-AC) disse estar bastante otimista quanto às audiências que serão realizadas pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas hoje e amanhã em Cuiabá. Nesses dois dias serão ouvidos três dos principais acusados de integrar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias com recursos do Orçamento da União: a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino; o proprietário da Planam Comércio e Representações, Darci José Vedoin, apontado como chefe da suposta quadrilha; e o filho dele e proprietário da Santa Maria Comércio e Representações, Luiz Antônio Trevisan Vedoin.

O parlamentar disse que o fato de Trevisan ter recebido o benefício da delação premiada - instrumento legal que permite a redução de pena àqueles que colaborarem com a Justiça - indica que ele deve ter esclarecido, com detalhes, como funcionava o esquema de licitações irregulares e a venda de ambulâncias às pelas prefeituras, com recursos de emendas do Orçamento.

Comitiva

Segundo informou Sibá, os parlamentares que irão a Cuiabá representando a CPI são, além dele, o presidente do colegiado, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), o vice-presidente, Raul Jungmann (PPS-PE), o relator, senador Amir Lando (PMDB-RO), o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e os senadores Heloísa Helena (PSOL-AL) e Jonas Pinheiro (PFL-MT). A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), embora não integre a comissão, tomou a iniciativa de acompanhar os trabalhos da comissão por ser parlamentar mato-grossense.

O senador petista disse ainda que os integrantes da comissão tomarão os devidos cuidados para não agredirem de forma alguma os depoentes e, assim, obterem deles cooperação para chegar aos nomes de parlamentares que realmente fazem parte do que ficou conhecido como "máfia das ambulâncias". Segundo Sibá, de posse da cópia do conteúdo de gravações telefônicas com referências a nomes de parlamentares e assessores, a comissão estará preparada para "ir direto ao ponto", indagando sobre os nomes citados.

"É necessário cautela para não acusar ninguém sem provas. Vejo duas possibilidades no esquema. Há aquele parlamentar que de fato participou diretamente do esquema e existe a hipótese de um assessor de deputado ou de senador ter se utilizado do nome do parlamentar e da própria emenda para tomar parte no esquema sem que o parlamentar tivesse qualquer conhecimento", explicou o senador.

Defesa

Sibá exemplificou a importância dessas escutas telefônicas que, no caso específico do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), disse ele, não apontam nenhuma relação entre o esquema da quadrilha e o próprio senador. Há possibilidade de vínculo, conforme explicou, apenas do assessor do senador, Marcelo Cardoso Carvalho, segundo o que apurou na documentação a que teve acesso.

Sibá destacou ainda que, se forem constatadas ligações telefônicas realizadas entre membros da quadrilha e deputados ou senadores, estes últimos serão considerados integrantes do esquema e imediatamente serão notificados para apresentarem defesa.





Fonte: Agência Estado

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