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Economia
Segunda - 10 de Julho de 2006 às 08:00

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A Varig Log, responsável pela única proposta concreta para adquirir a Varig em eventual leilão, não está disposta a fazer alterações na oferta de R$ 277 milhões pelas operações da companhia aérea - na sexta-feira passada, a consultoria Delloite, administradora judicial da empresa, emitiu parecer contrário à ex-subisidiária da Varig. A Delloite solicitou à Justiça do Rio que descarte a realização de novo leilão, caso seja mantida a atual proposta da Varig Log, e considerou a falência melhor alternativa para pagar os credores da empresa.

"Não tem problema, a gente sai fora. A gente fez o máximo que dava para fazer", declarou ao jornal Folha de S.Paulo o sócio-diretor da Volo do Brasil, Marco Antonio Audi, sobre a possibilidade de a proposta ser recusada pelo fundo de pensão Aerus, dos funcionários da Varig. A Volo é a controladora da Varig Log. Hoje, a ex-subsidiária terá a chance de modificar sua oferta, em nova audiência marcada pela Justiça do Rio de Janeiro.

"A gente fez o máximo que dava para fazer. A gente acredita tanto no negócio que da semana passada para essa está colocando US$ 20 milhões na companhia a fundo perdido. Se alguém comprar recuperamos nosso dinheiro, se alguém não comprar, o dinheiro foi embora", disse Audi, garantindo que a Volo não é um "laranja" do fundo americano Matlin Patterson e possui menos de 20% de capital estrangeiro, como manda a lei. Um parecer da Superintendência de Serviços Aéreos diz que a Volo tem 94% de recursos provenientes de fora do País.

Na proposta da Varig Log, o preço mínimo de R$ 277 milhões é composto pelo adiantamento feito pela empresa para as operações da Varig, receitas com o aluguel de imóveis, fretamento de aeronaves e Centro de Treinamento, além de pagamentos anuais aos credores no valor de R$ 42 milhões em 10 anos.

Outro item que faz parte do lance mínimo da oferta é o valor referente à compra pela Varig Log de 5% das suas ações atualmente nas mãos da Varig.

A Deloitte contesta sobretudo o preço mínimo da proposta da VarigLog, que estaria "equivocado", e a remuneração da antiga Varig. De acordo com a consultoria, a operação com ações é "inadmissível", assim como o rendimento por meio de debêntures oferecido aos credores. Segundo a Deloitte, retirados os itens que não são aceitos o valor mínimo seria reduzido a R$ 126,9 milhões.

Especialista diz que é possível mudar proposta Marcelo Gomes, diretor da empresa Alvarez & Marsal, que faz a reestruturação financeira da Varig, afirmou hoje que a Varig Log tem condições de alterar a proposta de compra da companhia aérea para que a Justiça convoque o mais rápido possível a assembléia de credores para aprovar um novo leilão da empresa.

Segundo Gomes, o relatório apresentado pela Deloitte, administradora judicial da Varig, não se posiciona contra a proposta da Varig Log, ex-subsidiária da Varig, atualmente sob controle da Volo do Brasil.

"O relatório da Deloitte foi apenas para informar que algumas coisas deveriam ser alteradas na proposta da Varig Log para enquadramento na lei. Não existe opinião contra. Existe opinião para que seja enquadrada uma proposta dentro da lei", analisou.





Fonte: invertia

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