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Nacional
Segunda - 10 de Julho de 2006 às 03:00

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Diante da recente série de atentados a vereadores e à secretária de Ação Social de Guapimirim (RJ) Nilda do Posto, o medo e a busca pelo aumento da segurança acabaram unindo políticos das mais variadas legendas e tendências partidárias da Baixada Fluminense.

O vereador de Magé, Dejair Correa (PDT), disse que voltará a utilizar, como fez há alguns anos, uma escopeta como freio de mão em seu carro particular.

"Acreditávamos que essa história tivesse acabado. Mas a situação está ficando difícil novamente", afirmou Correa, que é policial e anda armado. "Não tem como não ficar preocupado diante dessa série de atentados. Acho que a fase de tranqüilidade passou, infelizmente", conclui ele, exibindo sua pistola cromada.

O prefeito de Guapimirim, Nelson Costa Melo, o Nelson do Posto, anunciou que comprará outros dois carros blindados e contratará mais dois seguranças particulares para aumentar sua proteção pessoal e, principalmente, de sua mulher, Nilda de Souza Machado Orsi, 54 anos, foi baleada na madrugada do dia 26 passado. Ela ainda se recupera do trauma e dos três tiros que a atingiram na cabeça, ombro direito e cotovelo esquerdo.

"Já estou vendo um Corolla e devo escolher um outro carro também blindado para melhorar a segurança da minha família", afirmou Nelson do Posto.

Outra medida anunciada pelo prefeito de Guapimirim é que, assim que reassumir as funções de secretária municipal, Nilda do Posto despachará de uma sala ao lado de seu gabinete.

"Nilda tem um trabalho importante dentro da prefeitura e, depois desse terrível atentado, só andará comigo e fará os despachos ao meu lado", destacou. O prefeito espera pelas investigações, mas acredita em crime político. "Acho que tentaram matar minha mulher visando afetar o meu governo e a minha imagem", disse Nelson, que tem uma picape blindada.

Vereador evita sair à noite Assim como Nelson do Posto, o presidente da Câmara de Duque de Caxias, vereador Júnior Reis (PMDB), também tem carro blindado.

"Se os outros vereadores tivessem condições comprariam um carro semelhante. Todos estão intranqüilos", disse Júnior Reis, referindo-se às mortes dos vereadores Beto Amigo e Tião do Táxi, e ao atentado sofrido pelo vereador Sebastião Ferreira da Silva (PV), o Chiquinho Grandão, dia 6.

"Não ando à noite e não descuido de carro estranho que venha atrás do meu", contou.





Fonte: O Dia

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