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Tóquio rejeita críticas de Seul por reação a testes com mísseis
O ministro porta-voz do Governo japonês, Shinzo Abe, considerou hoje "lamentável" a atitude da Coréia do Sul ao afirmar que Tóquio exagera o perigo para o Japão dos recentes testes de mísseis norte-coreanos.
A resposta do Japão "foi natural", dada a circunstância de que seu território fica dentro do alcance dos mísseis lançados pela Coréia do Norte na quarta-feira passada, disse Abe em declarações à imprensa.
Ontem, a Casa Presidencial da Coréia do Sul qualificou de "alarmista" a atitude do Japão ao denunciar nas Nações Unidas a agressividade norte-coreana com seus lançamentos de mísseis balísticos, violando da moratória de 1999.
"Desde o início ficou claro que o lançamento dos mísseis representava uma ameaça para o Japão e a região" do leste da Ásia, explicou Abe, para quem "é natural que Tóquio respondesse com medidas destinadas a gerir a crise".
Abe se referia à apresentação por parte de Tóquio ao Conselho de Segurança da ONU de um projeto de resolução que poderia ser votado hoje, e no qual condena os atos da Coréia do Norte e pede sanções econômicas contra este país.
A minuta da resolução condena o lançamento de mísseis e proíbe a transferência para Pyongyang de recursos financeiros, materiais e tecnologia que possam ser usados para a fabricação de mísseis e armas de destruição em massa.
Sobre a possibilidade de que Rússia e China - membros permanentes do Conselho de Segurança - vetem a resolução, Shinzo Abe pediu unidade e destacou a necessidade de lançar uma mensagem firme à Coréia do Norte por parte da comunidade internacional.
"Atualmente, a resolução é apoiada por oito países", dos quinze que formam o Conselho de Segurança (cinco membros permanentes e o resto temporários por dois anos).
Estes países são, segundo Abe, Reino Unido, Estados Unidos e França - entre os membros permanentes -, o próprio Japão, Dinamarca, Grécia, Eslováquia e Peru.
Rússia e China poderiam apresentar seu veto à resolução condenatória, mas Tóquio confia em que pelo menos Moscou permaneça à margem e se abstenha de vetar o texto.
Abe também manifestou sua confiança em que China cumpra seu papel destacado nesta crise e pressione a Coréia do Norte a voltar às conversas nucleares a seis lados e renunciar aos testes com mísseis.
Hoje, o vice-primeiro-ministro chinês, Hui Liangyu, chegou a Coréia do Norte em uma visita de seis dias na qual deve se reunir com as principais autoridades norte-coreanas, com o assunto dos mísseis no centro da agenda bilateral.
A China deve manifestar à Coréia do Norte seu mal-estar pelo lançamento dos mísseis, mas não parece provável que Pequim exerça maior pressão sobre Pyongyang.
Em qualquer caso, o Governo japonês mostrou sua esperança de que Pequim peça, pelo menos, a volta da Coréia do Norte às conversas multilaterais sobre seu programa nuclear, estagnadas desde novembro.
Washington e Tóquio consideram que estas conversas entre as duas Coréias, China, Rússia, Japão e EUA, poderiam servir de marco para eventuais negociações com Pyongyang sobre os lançamentos de mísseis norte-coreanos.
A resposta do Japão "foi natural", dada a circunstância de que seu território fica dentro do alcance dos mísseis lançados pela Coréia do Norte na quarta-feira passada, disse Abe em declarações à imprensa.
Ontem, a Casa Presidencial da Coréia do Sul qualificou de "alarmista" a atitude do Japão ao denunciar nas Nações Unidas a agressividade norte-coreana com seus lançamentos de mísseis balísticos, violando da moratória de 1999.
"Desde o início ficou claro que o lançamento dos mísseis representava uma ameaça para o Japão e a região" do leste da Ásia, explicou Abe, para quem "é natural que Tóquio respondesse com medidas destinadas a gerir a crise".
Abe se referia à apresentação por parte de Tóquio ao Conselho de Segurança da ONU de um projeto de resolução que poderia ser votado hoje, e no qual condena os atos da Coréia do Norte e pede sanções econômicas contra este país.
A minuta da resolução condena o lançamento de mísseis e proíbe a transferência para Pyongyang de recursos financeiros, materiais e tecnologia que possam ser usados para a fabricação de mísseis e armas de destruição em massa.
Sobre a possibilidade de que Rússia e China - membros permanentes do Conselho de Segurança - vetem a resolução, Shinzo Abe pediu unidade e destacou a necessidade de lançar uma mensagem firme à Coréia do Norte por parte da comunidade internacional.
"Atualmente, a resolução é apoiada por oito países", dos quinze que formam o Conselho de Segurança (cinco membros permanentes e o resto temporários por dois anos).
Estes países são, segundo Abe, Reino Unido, Estados Unidos e França - entre os membros permanentes -, o próprio Japão, Dinamarca, Grécia, Eslováquia e Peru.
Rússia e China poderiam apresentar seu veto à resolução condenatória, mas Tóquio confia em que pelo menos Moscou permaneça à margem e se abstenha de vetar o texto.
Abe também manifestou sua confiança em que China cumpra seu papel destacado nesta crise e pressione a Coréia do Norte a voltar às conversas nucleares a seis lados e renunciar aos testes com mísseis.
Hoje, o vice-primeiro-ministro chinês, Hui Liangyu, chegou a Coréia do Norte em uma visita de seis dias na qual deve se reunir com as principais autoridades norte-coreanas, com o assunto dos mísseis no centro da agenda bilateral.
A China deve manifestar à Coréia do Norte seu mal-estar pelo lançamento dos mísseis, mas não parece provável que Pequim exerça maior pressão sobre Pyongyang.
Em qualquer caso, o Governo japonês mostrou sua esperança de que Pequim peça, pelo menos, a volta da Coréia do Norte às conversas multilaterais sobre seu programa nuclear, estagnadas desde novembro.
Washington e Tóquio consideram que estas conversas entre as duas Coréias, China, Rússia, Japão e EUA, poderiam servir de marco para eventuais negociações com Pyongyang sobre os lançamentos de mísseis norte-coreanos.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/289949/visualizar/
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