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Esportes
Domingo - 09 de Julho de 2006 às 10:00

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De um lado Zinedine Zidane. De outro, Francesco Totti. Número 10 nas costas, os astros de França e Itália sonham com a despedida perfeita. O título da Copa do Mundo. Os dois já anunciaram que vão deixar as suas seleções após a final desde domingo, às 14h (de Mato Grosso), no estádio Olímpico de Berlim. A previsão é de chuva na hora da partida.

O GloboEsporte.com transmite ao vivo e com exclusividade a decisão da Copa do Mundo. Acompanhe também a partida em tempo real, com vídeos dos principais lances. A Rede Globo e o SporTV também exibem o jogo.

Aos 34 anos, Zidane vai encerrar a carreira neste domingo. E pode ser com todas as glórias. O meia disputa o prêmio de melhor jogador da Copa, pode ser campeão e, como capitão, levantar a taça. Já Totti é mais novo. Está com apenas 29 anos. Mas anunciou esta semana que vai fazer a última partida pela Azzurra. O meia não brilhou neste Mundial como se esperava, mas segue como o jogador que pode desequilibrar para os italianos.

O bicampeonato seria o fecho de ouro de uma geração comandada por Zinedine Zidane, e brilhantemente coadjuvada por Barthez e Thuram. Eles comandaram os "Les Bleus" na conquista do único Mundial do país, em 98, e o título europeu de 2000, e mesmo que sejam vice-campeões, serão reverenciados pelas gerações futuras.

- Cada geração da França teve uma marca. A de Just Fontaine pelos gols, a de Platini pela arte, a de Zidane pelos títulos - lembra o técnico francês Domenech.

Clima de revanche

A Itália tenta o tetracampeonato. Mas o momento histórico é desfavorável. O duelo é curioso e tem extensos períodos de supremacia. A Azzurra teve o controle entre 1921 e 1978 deixando os "Les Bleus" 19 jogos sem vencer. Mas a sorte parece ter mudado. Os franceses se tornaram algozes. E não perdem desde 1978. Pior, a Itália foi eliminada nos últimos três encontros.

Por isso, a imprensa italiana chama a decisão de "O Confronto Final". A maior parte dos jogadores que vai entrar em campo sentiram o gosto da derrota nas quartas-de-final da Copa de 1998 e na final da Eurocopa de 2000. Além disso, a França eliminou a Itália nas oitavas-de-final da Copa de 1986.

- A qualidade deste time repousa na força da equipe. Mas a missão ainda não está cumprida - garante o meia Del Pierro. Muralhas da Copa

Não espere uma final com muitos gols. Itália e França têm as maiores muralhas da Copa. Até agora, sempre se preocuparam primeiro em defender para depois atacar. Nunca uma decisão na história teve duas seleções que sofreram tão poucos gols.

A Itália só levou um. E mesmo assim contra, de Zaccardo. O goleiro Buffon está perto de quebrar o recorde de mais tempo de invencibilidade em uma Copa. O Camisa 1 está há 453 minutos sem sofrer gol. O recorde atual é de outro italiano, Walter Zenga, que passou 517 minutos em 1990.

Já a França só sofreu dois gols até agora, uma para a Coréia do Sul e outro para a Espanha. O time conseguiu entender a importância de jogar sem a bola. Até o astro Zidane ajuda na marcação.

- Havia uma confiança muito grande em chegar a essa data (9 de julho) com a França. Não era uma aposta sem base. Com o talento que eu tinha nas mãos, era só fazer o time trabalhar em um projeto comum. Felizmente conseguimos e os resultados estão aparecendo. Mas somente após esse jogo contra a Itália é que poderemos fazer algum tipo de balanço - diz o técnico francês Raymond Domenech.

Jogo especial

Destaques de suas seleções, os zagueiros Thuram e Cannavaro vão ter um dia diferente. A final será a centésima partida de Cannavaro pela Azzurra. O capitão é o terceiro jogador da história a atingir esta marca. Já Thuram se torna o jogador com maior número de partidas pela seleção da França, com 121 apresentações.

A chegada da Itália à final aumentou a impressionante marca de invencibilidade na Copa do Mundo em solo europeu para 25 partidas. A contagem exclui derrotas por pênaltis. A última vez que a Azzurra perdeu foi em 1974 para a Polônia, por 2 a 1.

ITÁLIA x FRANÇA Estádio Olímpico de Berlim Hora: 14h (horário de Mato Grosso) Árbitro: Horacio Elizondo (ARG) Auxiliares: Dario Garcia (ARG) e Rodolfo Otero (ARG)

ITÁLIA Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Materazzi e Fabio Grosso; Camoranesi, Gattuso, Pirlo, Totti e Perrota; Luca Toni. Técnico: Marcelo Lippi

FRANÇA Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makelele, Vieira, Malouda, Ribéry e Zidane; Henry. Técnico: Raymond Domenech





Fonte: Globo Esporte.com

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