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Saúde
Domingo - 09 de Julho de 2006 às 08:49
Por: Alecy Alves

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A morte do ex-governador Dante Martins de Oliveira aos 54 anos, na noite de quinta-feira (6), deixou uma série de questionamentos, até então sem resposta, entre amigos, correligionários e populares.

Perguntas como: Por que um homem de aparência saudável e que se preocupava tanto com a saúde morreria assim, repentinamente? O que desencadeou o quadro de septicemia, infecção generalizada, que poucas horas depois o matou? Também há muitas especulações, até mesmo de que Dante estaria testando uma droga nova, da linha dos antibióticos, no tratamento de uma doença intestinal.

O clínico geral, especialista em cirurgia infantil e UTI pediátrica, Antônio de Oliveira Preza, além de primo e amigo, era um dos médicos a quem Dante recorria com freqüência.

Preza, que foi secretário de Saúde de Cuiabá quando Dante era prefeito e o acompanhou no hospital, explicou que além de diabético, há anos o ex-governador era portador de colite, uma doença que provoca inflamação crônica no intestino grosso e cólica seguida de diarréia.

Dante também tinha problemas hepáticos (no fígado) e há pelo menos um ano havia descoberto que a dosagem de uma das imunoglobulinas, componente do sistema de defesa do organismo, se mantinha abaixo dos percentuais de referência.

Para o controle do diabetes, da colite, da doença hepática e da baixa imunidade, Dante de Oliveira fazia acompanhamento médico em São Paulo.

Paciente extremamente dedicado, Antônio Preza diz que o ex-governador seguia as recomendações médicas e, no caso do diabetes, fazia o monitoramento com testes regulares da dosagem de glicemia (açúcar no sangue).

Preza, que também ouviu especulações sobre a causa da morte do primo, assegurou que Dante não fazia uso de nenhum medicamento novo ou desconhecido. No controle da colite, diz Antônio Preza, o ex-governador fazia uso periódico de um antibiótico comum, prescrito pelo médico de São Paulo que o assistia, um professor de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “Ele [Dante] dizia que estava se dando bem”, comentou Preza.

O problema no fígado e a baixa imunidade também eram acompanhados por especialistas da capital paulista, para onde Dante de Oliveira viajava regularmente para consultas e outros procedimentos médicos e laboratoriais.

“Dante era um cara metódico, muito disciplinado, que conseguia manter a saúde sob controle rigoroso porque sabia que o diabetes poderia levar a outros complicações”, definiu Antônio Preza.

Além de monitorar a saúde com consultas médicas e exames, Dante de Oliveira praticava exercícios físicos freqüentes. Adepto da caminhada, foi um grande incentivador desse hábito entre os cuiabanos. Quando prefeito, instalou diversos postos de avaliação física em avenidas como a Rubens de Mendonça (avenida do CPA) e Miguel Sutil (Perimetral), além de construir parques ambientais com pistas de cooper como o Mãe Bonifácia, Massairo Okamura e da Saúde (Coxipó).





Fonte: Diário de Cuiabá

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