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Internacional
Sábado - 08 de Julho de 2006 às 22:20

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A maior confederação patronal do México aprovou, neste sábado, uma proposta do presidente Vicente Fox para criar o segundo turno eleitoral e com isso dar maior legitimidade aos governantes do país, cujo mandato é de seis anos.

O líder da Confederação Patronal da República Mexicana (Coparmex), Alberto Núñez, disse à imprensa que as últimas eleições presidenciais e legislativas, realizadas em 2 de julho, refletem a necessidade de se debater a iniciativa de Fox, que no próximo dia 1 de dezembro passará o poder ao vencedor das eleições. "Não seria má idéia examinar a proposta no marco de um diálogo democrático nacional para modificar a Constituição e introduzir o segundo turno", afirmou.

O dirigente assinalou que os resultados das últimas eleições presidenciais, vencidas oficialmente pelo candidato conservador Felipe Calderón por uma pequena margem (234.900 votos) sobre o esquerdista Andrés López Obrador, "tornam evidente a necessidade de dar maior legitimidade" aos governantes.

O Instituto Federal Eleitoral (IFE) deu a Calderón, do governista Partido Ação Nacional (PAN), 35,89 % dos votos, 0,58% a mais do que López Obrador, do esquerdista Partido da Revolução Democrática (PRD).

López Obrador e os líderes da coalizão que o apóia assinalaram que entrarão na justiça com um pedido de impugnação dos resultados, sob a alegação de que houve muitas irregularidades, "antes, durante e depois das eleições".

O Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação tem prazo até 31 de agosto para resolver os problemas, e até 6 de setembro para proclamar o presidente eleito. Diante desta situação, os dirigentes do PRD asseguram que ainda não há um presidente eleito, e que "ninguém" deve congratular Calderón, tal como já foi feito por Fox, e pelos Governos da Espanha e dos EUA.

O IFE afirmou na sexta-feira que o PAN obteve a maioria dos votos na eleição para a Câmara dos Deputados, com 33,39 %, seguido pela coalizão de esquerda liderada pelo PRD, com 28,99%. Segundo o IFE, no terceiro lugar ficou a "Aliança pelo México", formada pelos partidos Revolucionário Institucional (PRI) e Verde Ecologista (PVEM), que obteve 28,21 % dos votos. De acordo com os relatórios preliminares, o PAN também teria obtido a maior parte de votos na eleição para o Senado, seguido pelo PRD e pelo PRI.

Os analistas consideram que, em todo caso, nenhum partido ou coalizão obteve maioria parlamentar suficiente para modificar a Constituição, e aprovar as diversas reformas estruturais deixadas pendentes pela Administração Fox.

As tentativas de Fox para levar adiante as reformas fiscal e energética esbarraram na oposição do PRI e do PRD que, juntos, fazem maioria na atual configuração do legislativo mexicano. O mandato dos atuais legisladores se encerra no próximo dia 31 de agosto, quando darão lugar aos eleitos nas últimas eleições.





Fonte: EFE

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