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Internacional
Sábado - 08 de Julho de 2006 às 16:30

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Os Estados Unidos transferirão gradualmente o controle da segurança aos iraquianos em nove das 18 províncias do país antes do final de 2006, mas sem estabelecer um calendário de retirada de suas tropas posicionadas no país árabe.

O general norte-americano Kurt Chichowski disse que as forças da coalizão se manterão com as funções de supervisão caso ocorram problemas, mas a responsabilidade da segurança caberá aos iraquianos. "Temos esperanças de que a segurança em aproximadamente a metade das províncias será transferida até o fim do ano", afirmou Chichowski, uma teleconferência no Iraque.

A primeira província a ser entregue às forças locais será Muthana (centro-sul), o que acontecerá em um "futuro bem próximo", assegurou. Chichowski não revelou quais são as províncias que estão na lista de transferências, nem em quanto tempo ocorrerá esta transferência.

Da mesma maneira, negou-se a informar se a entrega da segurança supõe uma redução no número de soldados no Iraque, que chega a 127.000. O militar disse que as 1.400 tropas da coalizão serão retiradas das cidades, que ficarão sob uma espécie de supervisão de reforço dos militares americano, como pediu o primeiro-ministro iraquiano Nuri al Maliki.

Em um relatório trimestral ao Congresso norte-americano sobre o Iraque, a administração norte-americana afirma que a formação de tropas iraquianas está progredindo.

O número de soldados e policiais formados e equipados pela Força Multinacional chegou a 268.400 em 26 de junho, 28.000 a mais do que em abril, segundo o informe, datado de 6 de julho e publicado nesta sexta-feira.

"As forças iraquianas têm agora a responsabilidade de 60% de Bagdá e de 78.000 km2 do país", acrescenta o documento. "À medida que os iraquianos recebam a responsabilidade de sua segurança, as forças da coalizão adotarão funções de apoio. Em alguns casos, isso poderá permitir reduções de pessoal ou adiar as mobilizações previstas", acrescenta o informe.

Por outra parte, 368 detidos foram libertados neste sábado no Iraque, dentro da anistia decretada por Maliki, com o que já são mais de 3.000 presos libertados desde o início de junho. Estas libertações dizem respeito apenas aos suspeitos de manter vínculos com a guerrilha, mas não tenham cometido atentados, assassinatos ou realizado torturas e seqüestros.

Segundo cifras do exército americano, restam cerca de 14.000 presos nos centros que os Estados Unidos administra.





Fonte: AFP

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