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Nacional
Sábado - 08 de Julho de 2006 às 14:52

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Um levantamento da revista Veja apurou que 130 dos 594 parlamentares do Congresso Nacional estão sendo investigados por suspeita de participação em crimes. Os números mostram que 22% dos deputados e senadores estão sob investigação.

A lista inclui apenas os parlamentares cujos supostos crimes já tenham sido tipificados - na fase de investigações do Ministério Público ou na etapa de denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os 80 deputados e 14 senadores da lista atual respondem a 154 processos.

Foram excluídos os 57 parlamentares que estão sendo investigados pelo Ministério Público sob suspeita de envolvimento com a máfia dos sanguessugas porque, como o caso corre sob sigilo judicial, não há informações precisas acerca da identidade de cada um deles nem dos crimes dos quais são suspeitos.

"São dados assustadores. A delinqüência está cada vez mais generalizada no Congresso", resume o professor David Fleischer, do departamento de ciência política da Universidade de Brasília (UnB). Segundo o pesquisador, o que causa preocupação, além da quantidade de nomes, é a qualidade dos crimes. Na lista, há crimes como estelionato, seqüestro, extorsão e formação de quadrilha.

O quadro se agrava com o uso abusivo do foro privilegiado, pelo qual os deputados e senadores acusados de qualquer crime, até mesmo um homicídio, só podem ser julgados pelo STF, a mais alta corte judiciária do país, que até hoje nunca condenou um parlamentar.

"O STF é uma corte conservadora e sem estrutura para lidar com matéria penal", diz o sociólogo Luiz Werneck Vianna, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).





Fonte: Terra

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