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Saúde
Sábado - 08 de Julho de 2006 às 12:31

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O Ministério da Saúde vai capacitar profissionais de saúde dos principais hospitais com maternidade públicos e privados conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado do Acre. A capacitação será feita durante o Seminário Estadual sobre Atenção Obstétrica e Neonatal Humanizada Baseada em Evidências Científica.

Durante o evento, diretores clínicos e chefes dos serviços de Obstetrícia, Enfermagem e Neonatologia das instituições participantes vão ser orientados a implementar estratégias para humanização da atenção obstétrica e neonatal e a adotar procedimentos de eficácia comprovada cientificamente. O evento será realizado de 10 a 14 de julho, em Rio Branco, no Hotel Imperador Galvez, localilzado à Rua Santa Inês, 401, bairro Aviário.

Seminários semelhantes estão sendo realizados em todo o país. A expectativa do Ministério da Saúde é capacitar cerca de 1,4 mil profissionais de saúde de 420 maternidades e hospitais públicos e privados com maternidade conveniados ao SUS de todos os estados brasileiros até meados de agosto. Depois do Acre, será a vez do Ceará, da Bahia (o único Estado a realizar dois seminários estaduais), do Mato Grosso do Sul, de Tocantins, de Goiás, do Espírito Santo e de Sergipe.

O aprimoramento da qualidade dos serviços que atendem à mulher e ao recém-nascido, principalmente das maternidades, através do fortalecimento de seu corpo técnico, integra o elenco de ações prioritárias do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. As maternidades participantes dos seminários estaduais respondem por um grande volume de partos, são referência para gestantes de alto risco, demonstram interesse na melhoria da qualidade da atenção obstétrica e neonatal, tem direção comprometida com a humanização e a incorporação de práticas baseadas em evidências científicas e possuem disponibilidade para apoiar outras unidades da rede SUS a igualmente aprimorarem os serviços prestados à mulher e ao recém-nascido.

Programação - Na programação dos seminários constam temas como o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal; a situação do adoecimento e da mortalidade materna e neonatal no Brasil; os direitos sexuais e reprodutivos; os fundamentos éticos e filosóficos da humanização da atenção ao parto e nascimento; os fundamentos e boas práticas em atenção obstétrica e neonatal baseadas em evidências científicas; a abordagem integral da gravidez e do pós-parto com a preparação da mulher para o parto, o aleitamento materno e os cuidados com o recém-nascido; a assistência ao pré-parto, parto e pós-parto normais; a assistência às principais intercorrências obstétricas e neonatais; o controle da transmissão vertical da sífilis, HIV e hepatite B e a assistência à mulher portadora de HIV durante o parto e o pós-parto, a assistência humanizada à mulher em situação de abortamento, e as urgências e emergências maternas.

A programação será ministrada por instrutores do Ministério da Saúde, do Centro Latino-americano de Perinatologia da Organização Mundial de Saúde, Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiras Obstétricas (Abenfo), da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), do Centro de Humanização das Práticas Terapêuticas do Hospital São Pio X (de Ceres/GO), do Hospital Sofia Feldman (de Belo Horizonte/MG), da Maternidade Escola Vila Nova Cachoeirinha e do Hospital Santa Marcelina (de São Paulo/SP).

Pacto - O pacto foi firmado em 8 de março de 2004 entre a União, estados e municípios para diminuir em 15% o número de mortes de mulheres e de bebês com até 28 dias de vida até o final de 2006. Para isso, o pacto tem como referência dados de 2002, quando mais de 2 mil mulheres e mais de 38 mil recém-nascidos morreram em decorrência de abortos e de complicações na gravidez, no parto e no pós-parto, no Brasil.

Várias foram as ações do Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal neste período. Ressalta-se a promoção de dois seminários nacionais e de 19 estaduais sobre atenção obstétrica e neonatal humanizada baseada em evidências científicas, que fortaleceram a capacidade técnica de 997 profissionais de 309 principais maternidades e hospitais públicos e privados com maternidades conveniados ao SUS; o lançamento de 94 Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que estão sendo preparados para o atendimento da gestante e da parturiente; o lançamento do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas com cobertura de todos os 425 municípios com política de incentivo em doenças sexualmente transmissíveis e aids; o incremento da utilização do AZT injetável no momento do parto, de 34,8% das gestantes portadoras de HIV estimadas, em 2002, para 55,84%, em 2005; a distribuição dos testes rápidos para diagnóstico do HIV em 1.142 maternidades para uso em triagem de parturientes não testadas durante o pré-natal; a expansão dos programas de Saúde da Família (PSF) e Agentes Comunitários de Saúde (Pacs); a ampliação de 2.879 novos leitos de unidades de tratamento intensivo (UTI) na rede do SUS, o que ultrapassou a meta de redução em um terço do déficit na área; a normatização da atenção humanizada ao abortamento; a capacitação de parteiras quilombolas e indígenas; e a implantação de 31 comitês regionais de morte materna, de 361 comitês municipais e de 56 hospitalares.





Fonte: Agência Saúde

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