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Internacional
Sábado - 08 de Julho de 2006 às 11:26

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Cerca de 30 guerrilheiros se entregaram hoje às autoridades da Chechênia e abandonaram a luta armada, anunciou Ramzan Kadyrov, primeiro-ministro desta república russa.

Após "árduas negociações", os guerrilheiros, que se escondiam nas montanhas, entregaram também sua armas (fuzis, metralhadoras e lança-granadas) e munição, informou a agência oficial "Itar-Tass".

"Este é o maior grupo de guerrilheiros que abandona as florestas nos últimos quatro anos. Se não tiverem cometido delitos graves, poderão voltar para suas famílias e conseguir um trabalho", explicou.

Kadyrov, que encabeça um exército de milhares de leais que combatem a guerrilha separatista por toda a república, garantiu pessoalmente a segurança do grupo.

Os guerrilheiros se reuniram com as tropas de Kadyrov em um lugar conveniente e foram escoltados até um quartel da Polícia na cidade de Gudermes.

O primeiro-ministro, filho do presidente checheno assassinado pela guerrilha em maio de 2004, garantiu que a entrega dos guerrilheiros é resultado de uma campanha realizada nos últimos meses por toda a Chechênia.

"Este trabalho continuará até que as montanhas e as florestas da Chechênia ficarem livres de bandidos", disse.

Muitos dos guerrilheiros "arrependidos" acabaram por integrar as fileiras do Exército de Kadyrov, que é acusado pelos grupos de direitos humanos de atuar com total impunidade no território da república.

A guerrilha chechena anunciou esta semana novos ataques contra alvos russos a fim de vingar a recente morte em combate do líder dos separatistas Abdul-Khalim Saydullayev.

Saydullayev morreu em 17 de junho em Argun, a terceira maior cidade chechena, durante um tiroteio com as tropas de Kadyrov, que jurou vingar a morte de seu pai.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou esta semana que as ações militares contra a guerrilha separatista não cessam na Chechênia e que a república é palco de "ataques terroristas".

O conflito da Chechênia, que se prolonga desde dezembro de 1994, matou dezenas de milhares de pessoas, a maioria civis.





Fonte: EFE

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