Israel retira soldados de Gaza e premiê palestino pede trégua
"Para sairmos da atual crise, é necessário que todas as partes restaurem a calma com base na interrupção mútua de todas as operações militares", diz o comunicado do gabinete de Haniyeh.
A declaração pede ainda o reinício das negociações —que vinham sendo lideradas por mediadores egípcios—, sobre o destino do soldado Gilad Shalit, cujo sequestro por militantes num ataque de fronteira em 25 de junho detonou a ofensiva israelense.
O movimento Hamas, do governo, e outros grupos palestinos exigiram a libertação de prisioneiros palestinos em troca do soldado. Os militantes deixaram as negociações quando Israel ignorou os prazos estabelecidos por eles.
O porta-voz oficial do Hamaas, Sami Abu Zuhri, recebeu bem o pedido de trégua e disse que o ônus agora é de Israel.
Autoridades do governo israelense em Jerusalém afirmam que o Estado judaico só concordará com a trégua depois da libertação de Shalit e do fim do lançamento de foguetes.
As forças israelenses se retiraram das cidades de Beit Lahiya e Beit Hanoun, da zona industrial Erez e de três ex-assentamentos israelenses, no norte de Gaza
Israel havia ocupado a região no início da semana, criando uma zona de segurança para dificultar que os militantes do Hamas disparassem foguetes contra Ashkelon, na costa de Israel, e outras cidades próximas a Gaza. No entanto, o disparo de foguetes continua.
"Estamos agindo segundo nossos critérios e não descartamos retornar a essas regiões", disse um porta-voz do exército israelense. "A operação não terminou."
Israel tem sofrido pressão internacional para diminuir suas operações militares, que até agora mataram mais de 40 palestinos, a maioria militantes. Um soldado israelense também morreu.
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