CPI usa tática para convencimento

Começam a chegar amanhã a Cuiabá os parlamentares da CPI dos Sanguessugas, que pretendem ouvir a ex-assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, e os empresários Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin. O senador Sibá Machado (PT/AC) é o único que pretende vir ainda hoje a Cuiabá para analisar o depoimento de Luiz Antônio à Justiça, caso tenha autorização do juiz federal Jeferson Schneider.

O senador informou ontem que tentava contato com o juiz para solicitar acesso aos depoimentos. No caso de deferimento, Sibá disse que vêm para Cuiabá e passará o final de semana lendo o que Luiz Antônio contou para a Justiça para ter mais informações como base para a terça-feira, dia marcado para o depoimento do filho de Darci Vedoin à CPI dos Sanguessugas.

Sibá Machado afirmou que está muito otimista sobre os depoimentos e acredita que com as informações que receberão dos suspeitos, os membros da CPI poderão trilhar novos caminhos na investigação.

Os três convocados para depor na CPI a partir de segunda-feira ganharam através de um habeas corpus concedido pela presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, o direito de permanecer calados.

Conforme o senador, para evitar que os três convocados (Maria da Penha Lino, Darci Vedoin e Luiz Antônio) fiquem calados, os membros da CPI pretendem trabalhar de forma mais “afetuosa”, ou seja, pretendem conversar mais com os suspeitos e respectivos advogados de defesa.

“No caso de realmente usarem o direito adquirido pelo HC e o juiz Schneider liberar o depoimento de Luiz Antônio para analisarmos, já será suficiente”, comentou o senador. (AC)