Justiça rejeita pedido de desaforamento do júri no caso Flávia
O promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins já havia manifestado entendimento em concordância com a decisão do TJ. Segundo ele, a unanimidade na votação demonstra o respeito ao parecer do Ministério Público Estadual e ao interesse dos moradores de Tangará da Serra. 'Foi preservado o princípio democrático e um dos mecanismos de sua implementação, na medida em que o tribunal do júri constitui um importante instrumento colocado à disposição da sociedade para que ela participe das decisões do Estado. Tal participação deve ser respeitada e preservada no local onde ocorreu o crime contra a vida, sobretudo quando esta mesma sociedade sente na pele as conseqüências desastrosas da criminalidade e se depara com crimes que violam os valores éticos e morais', comenta.
A defesa conseguiu adiar o julgamento em março deste ano, alegando a necessidade de realizar o júri fora de Tangará da Serra. Argumentava que a imparcialidade dos jurados estaria comprometida pela divulgação de outra ação penal em que os réus são acusados de mais crimes, entre eles estupro e atentado violento ao pudor. Assim, novo julgamento deveria ter ocorrido em junho. No entanto, os advogados Valter Caetano Locatelli, Jorge Luis de Siqueira Farias, Elizabeth Garcia Ransay e Áurea Leila Figueiredo Fontana abandonaram o plenário após terem vários pedidos de suspensão do julgamento indeferidos em público.
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