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Sexta - 07 de Julho de 2006 às 17:59
Por: Jose ribamar Trindade

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Os números não mentem. Oficialmente os focos de calor diminuíram mais de 48% por cento nos primeiros cinco meses em 2006 no Estado de Mato Grosso. Depois de um início de janeiro com registro de 351 ocorrências de focos de calor contra apenas 47 em 2005, os ventos voltaram a soprar favoravelmente em favor dos mato–grossenses.

Depois de um janeiro quente, chega um fevereiro com apenas 35 ocorrências registradas, uma queda acentuada de mais de 50% em relação a janeiro de 2005 que fechou o mês com 97 ocorrências de focos de calor.

Em março os números caíram ainda mais. O satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou apenas 14 ocorrências contra 52 no mesmo período do ano passado.

Em abril os números continuaram caindo de forma acentuada. Foram 55 registros de focos de calor contra 353 em abril de 2005. Em maio o satélite do Inpe registrou 501 ocorrências contra 1842 do ano passado.

No mês de junho deste ano o satélite registrou 1424 ocorrências contra 2394 em 2005. No total, os números são ainda mais evidentes da diminuição de focos de calor em Mato Grosso. Foram registrados 2.380 casos este ano, contra 4.785 no ano passado, índice de 48% de diminuição.

A meta do Comitê Estadual de Gestão do Fogo começa a ser cumprida, segundo o major-bombeiro Abadio José da Cunha Júnior, de 33 anos, membro do Comitê, a expectativa é de que os números possam cair ainda mais até o final do ano.

O major destaca ainda o período de proibição das queimadas que vai de 15 de julho a 15 de setembro. Época que representa, em tese, o período de maior número de focos de calor devido a época do ano, principalmente na região de cerrado em Mato Grosso e região norte do estado. É nesta época que as pessoas mais utilizam fogo para limpeza de áreas nas zonas rurais e queima de lixo nos grandes centros urbanos.

Também é nessa época em que a fumaça produzida pelo fogo no campo e na cidade geram mais doenças, principalmente as respiratórias que superlota os hospitais. As principais vítimas são as crianças e os idosos. Este ano, no entanto as coisas, segundo o major Cunha começam a mudar.

“Já temos informações que os números de vítimas nos hospitais até agora também são menores em relação ao mesmo período do ano passado. Isso nos da uma alegria muito grande e a certeza de que estamos no caminho certo” comemora o major Cunha.

O major diz também que a Sema e a Defesa Civil estão elaborando uma campanha de conscientização sobre as diferenças de incêndios, queimadas e focos de calor como forma de orientação a comunidade e a imprensa.

Segundo ele, existe uma grande confusão quando o assunto é focos de calor e queimadas. Uma vez que, estão previstas legalmente queimadas como a da cana- de- açúcar, a de restos de exploração, de resto de cultura e para controle de pragas. Sendo estas configuradas no antigo sistema como também focos de calor ou queimadas não autorizadas.

O monitoramento dos focos de calor, segundo o major Cunha é um dos processos que existem para o controle do uso do fogo, porém, existe ainda o acompanhamento pelo número de emissões de autorização de queimadas concedido pela Sema.





Fonte: 24HorasNews

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