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Internacional
Sexta - 07 de Julho de 2006 às 17:11

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O Reino Unido lembrou nesta sexta-feira o primeiro aniversário dos ataques terroristas de 7 de julho contra o sistema de transportes de Londres --que mataram 52 pessoas e feriram outras 700.

Quatro velas foram acesas na Catedral de St. Paul --uma para cada atentado e cada uma no momento exato de cada explosão. Flores e velas foram deixados nos locais onde ocorreram as quatro explosões. Ao meio-dia (8h de Brasília), todo o país ficou em silêncio por dois minutos.

"É um momento em que nosso país deve se unir parar mostrar solidariedade àqueles que sofreram e defender os valores que nós dividimos", afirmou o premiê britânico Tony Blair.

Às 11h (7h de Brasília), foram colocadas placas em memória das vítimas nos locais onde houve explosões. A ministra da Cultura, Tessa Jowell, e o prefeito de Londres, Ken Livingstone, devem passar por dois locais onde houve explosões e deixar flores.

Livingstone também participou de uma missa realizada em Tavistock Square, no centro da cidade, onde o suicida Hasib Hussain, 18, detonou sua bomba dentro de um ônibus.

A principal cerimônia teve início às 18h (14h de Brasília) no Regents Park, com a montagem de um memorial feito de cravos vermelhos que ficará exposto durante todo o final de semana.

As homenagens também incluirão cânticos de um coro de Londres e discursos de familiares das vítimas e sobreviventes dos atentados.

Preconceito

Para muitos londrinos, os ataques abalaram a convicção de que culturas diferentes podem conviver pacificamente em uma cidade cosmopolita como Londres.

Os quatro suicidas -- Shehzad Tanweer, 22, Mohammed Sidique Khan, 30, Hasib Hussain, 18, e Germaine Lindsay, 19-- eram moradores de Leeds, região que concentra pessoas de várias etnias localizada 320 km ao norte de Londres.

"Hoje é um dia muito triste", afirmou Paul Dadge, técnico em computação cuja imagem ajudando um sobrevivente dos ataques foi estampada em jornais de todo o mundo há um ano. "É também um dia que marca aqueles que perderam pessoas queridas nos atentados".

Desde os ataques, muçulmanos se queixam de terem se tornado alvo de preconceitos devido à sua aparência ou religião. "Depois dos ataques de 11 de Setembro, eu chorava todos os dias quando as pessoas se recusavam a entrar em meu carro porque sou paquistanês", afirmou Idris Raja, taxista que mora no Reino Unido há 41 anos.

"Depois dos ataques do ano passado [em Londres], o mesmo aconteceu. "Somos julgados o tempo todo, de diversas formas", afirma.





Fonte: Folha Onlaine

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