Filosofia e sociologia podem se tornar obrigatórias
O manifesto lembra que filosofia e sociologia faziam parte do currículo da maior parte das escolas antes do golpe militar de 1964. Depois disso, foram banidas das salas de aula. Em 2001, o presidente-sociólogo Fernando Henrique Cardoso vetou lei aprovada no Congresso para tornar obrigatória a oferta das duas disciplinas. O argumento é que faltavam professores e infra-estrutura.
O manifesto tem cerca de 700 assinaturas, entre elas a de dirigentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do Movimento dos Sem-Terra (MST) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). O texto se dirige aos doze conselheiros que votarão nesta sexta: "Estarão dando uma segura e firme contribuição para a democratização do ensino no Brasil, para a conscientização de nossa juventude e para a ampliação da nossa cidadania."
O vice-presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, Lejeune Mato Grosso Xavier de Carvalho, ainda não estimou quantos empregos serão criados para a categoria. Ele diz que serão necessários cerca de 30 mil professores para ministrar as duas disciplinas em todo o país, mas boa parte deles já está em sala de aula nas redes cujos currículos já prevêem a oferta. Segundo Lejeune, é o caso do Rio e de São Paulo.
A proposta foi apresentada pelo Ministério da Educação e recebeu parecer favorável do conselheiro Cesar Callegari.
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