Vacinação é única forma de prevenção
Ela geralmente é adquirida quando uma pessoa não vacinada é picada pelo mosquito transmissor em áreas silvestres, como regiões de cerrado e florestas. Por isso, vacinação é uma importante aliada no seu combate. Pelo menos 60 milhões de pessoas já estavam vacinadas no Brasil em 2001. No ano passado, o país registrou 41 casos da doença (31 ocorridos em um surto ocorrido em Minas Gerais) e 22 mortes.
A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de uma pessoa para outra. Para isso, é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado (nove a 12 dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sido vacinado.
O vírus e a evolução clínica da doença são idênticos para os casos de febre amarela urbana e de febre amarela silvestre, diferenciando-se apenas o transmissor da doença. A febre amarela silvestre ocorre, principalmente, por intermédio de mosquitos do gênero Haemagogus.
Os sintomas, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito. As primeiras manifestações são febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, cansaço e calafrios. Podem, ainda, surgir náuseas, vômitos e diarréia. Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente e fica permanentemente imunizado contra a doença.
Cerca de 15% dos doentes infectados apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em 50% dos casos. Além da febre, a pessoa pode apresentar dores abdominais, diarréia e vômitos. Surgem icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite), manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) e ocorre o funcionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins. As pessoas que sobrevivem recuperam-se totalmente. Não existe tratamento específico para febre amarela. (RD)
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