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Saúde
Sexta - 07 de Julho de 2006 às 07:55
Por: Rose Domingues

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A Secretaria de Saúde de Mato Grosso confirma a primeira morte por febre amarela dos últimos 3 anos. O fato ocorreu em Nova Ubiratã, região Norte do Estado, próximo de Sorriso (412 km de Cuiabá). O rapaz, que teve a identidade preservada, tinha 26 anos e trabalhava como cortador de lenha para uma madeireira, na zona rural da cidade. Ele faleceu em 25 de março, três dias depois de buscar ajuda médica. Nos últimos 13 anos, houve 20 casos diagnosticados e 12 óbitos.

Segundo o técnico da Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Aparecido Marques, de início os sintomas lembravam apenas uma simples virose, como febre e dores de cabeça e no corpo, tanto que ele foi medicado no próprio município e encaminhado de volta para casa. Mas o quadro evoluiu para emagrecimento (anorexia) e sangramento do nariz e das gengivas. "Quando perceberam que se tratava de algo mais grave, os profissionais encaminharam ele para Sorriso".

Por apresentar sintomas de icterícia, os médicos suspeitaram, na ocasião, que ele estivesse com hepatite viral. Apenas cerca de um mês depois o resultado das análises de sorologia mostraram que se tratava de um caso de febre amarela silvestre (FAS). Cerca de 3 mil pessoas a partir de seis meses de idade já se submeteram à vacinação por desbloqueio da área afetada, inclusive na zona urbana.

De janeiro a junho, quatro macacos que morreram de maneira suspeita tiveram amostras de sangue enviadas para análise através da SES, mas nenhum deles tinha febre amarela ou raiva. Mas o fato já levanta suspeita de que o vírus esteja circulando pela região onde houve a morte.

Por estar entre os 12 estados endêmicos da doença, Mato Grosso não pode descuidar da vacinação, preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) entre 90 a 100% de cobertura. No ano passado, foram aplicadas 52,5 mil doses, a maioria delas em pessoas da faixa etária de 15 a 59 anos.

Fora do bloqueio, a vacinação começa aos 9 meses de idade, é de graça em qualquer unidade de saúde do Estado. Começa a fazer efeito 10 dias depois, por isso é importante se preocupar com ela antes de qualquer atividade dentro de matas ou florestas. A durabilidade é de 10 anos, mas é preciso guardar o comprovante em local seguro, para não perder.

Marques acredita que existe subnotificação dos casos menos graves. "Não é fácil saber quem está ou não com febre amarela, principalmente no início da doença, porque ela lembra uma virose, a pessoa acha que vai passar. Só passamos a saber dos casos mais graves".





Fonte: A Gazeta

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