Homem condenado indevidamente por estupro é solto após 22 anos
Alan Newton, 44, deixou o tribunal como um homem livre depois que um teste de DNA mostrou que não cometeu o crime em 1984.
Newton foi condenado em 1985 e sentenciado a uma pena de pelo menos 40 anos de prisão.
"Só estou feliz de estar em casa", declarou aos jornalistas ao lembrar o trauma gerado por duas décadas de sofrimento. "Tentava me manter concentrado", acrescentou. "Mantive viva a esperança."
A condenação foi revertida com a ajuda do Projeto Inocência de Nova York, que atua com o objetivo de libertar pessoas injustamente condenadas por meio de exames de DNA.
Neste caso, o DNA obtido da prova do estupro utilizada pela polícia mostrou que o agressor foi uma outra pessoa, não Newton.
Newton apresentou um primeiro pedido de exame de DNA em 1994.
A prova do estupro foi finalmente encontrada após um pedido formal do Escritório do Promotor do Distrito do Bronx.
"Podíamos ter provado a inocência de Alan há quase 12 anos se a polícia de Nova York tivesse preservado e armazenado adequadamente as evidências", criticou a advogada do Projeto Inocência que defendeu Newton, Vanessa Potkin.
"A única conclusão lógica pela qual esta evidência não pôde ser encontrada antes é que os oficiais não a procuraram... simplesmente disseram que não podiam encontrá-la", acrescentou Potkin.
Com o caso de Newton, nos Estados Unidos 181 pessoas em 32 Estados se livraram de suas condenações graças aos exames de DNA e com a ajuda do Projeto Inocência na maioria dos casos.
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