Comunidade de Vila Bela reinvindica sua emancipação política
O governador explicou aos moradores a impossibilidade do Estado em emancipar o local, uma vez que, atualmente, a atribuição em criar novos municípios no País é de exclusividade do Governo Federal.
Santa Clara está situada próxima à fronteira com a cidade boliviana de San Vicente e a maioria dos moradores descende de bolivianos. Próximas à vila estão outras comunidades como Santa Mônica, Morrinhos e Nossa Senhora Aparecida, cujas famílias utilizam os serviços de escola, mercearia e de atendimento médico na Santa Clara.
Por ser uma área fronteiriça, parte das terras ocupadas pelas famílias ainda não possui documentação, o que depende em sua maioria da regularização promovida pela União. O que cabe ao Estado na regularização fundiária, o governador já havia encaminhado anteriormente ao Instituto de Terras de Mato Grosso a determinação para a demarcação dos lotes.
Em resposta às reivindicações dos moradores, como a emancipação, o governador argumentou que, primeiramente, é necessário organizar a vila com a formação de um núcleo urbano para em seguida tomar as demais providências juntamente com o Município, na construção de casas populares, posto médico, entre outras necessidades apontadas.
“O que deve ser feito é a organização da localidade aos poucos para quando for possível a emancipação, a vila já poder contar com estrutura suficiente sem necessitar depender do município”, explicou.
Na avaliação do prefeito de Vila Bela, Wagner Silveira, a regularização fundiária da região é a maior necessidade e fator de tranqüilidade para os municípios próximos e também aos proprietários de terras ao redor das comunidades. “Com a regularização, que cabe mais a União, a população busca liberdade cívica para adquirir seu sustento de forma correta e cívica”, destacou.
Uma área de dez hectares foi doada em Santa Clara pelo produtor rural Luciano Barbosa, para a construção do Posto de Saúde da Família e do núcleo habitacional.
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