Braço direito de Rodrigues deixará o Ministério da Agricultura
A saída de Wedekin é uma perda de peso para o ministério. Trazido à Agricultura por Rodrigues, Wedekin viabilizou a nova formatação de créditos especiais à agricultura e ajudou a 'costurar' os mais recentes planos agropecuários apresentados pelo governo nos últimos meses.
Além de definir a política agrícola nos últimos anos, Wedekin teve importância fundamental na criação de novos papéis de aplicação no setor. Esses papéis de investimento visam atrair os bancos ao sistema agrícola e elevar o crédito à agricultura. O seguro agrícola, embora ainda com recursos insuficientes, também teve ampliação no período de Wedekin.
Os cinco títulos lançados em 2004 para dar maior liquidez à agricultura já movimentaram R$ 654 milhões.
O Certificado de Depósito Agropecuário e o 'Warrant' Agropecuário lideram com R$ 367 milhões, com maior concentração de negócios nos setores de soja e de café.
A saída de Wedekin já era esperada. Como secretário de Política Agrícola, ele vivenciou todo o desgaste entre o ministério e os demais órgãos responsáveis pela liberação de crédito à agricultura.
Com a saída de Rodrigues do ministério e as dificuldades para a concretização das medidas que ainda deveriam ser implementadas, as chamadas 'medidas estruturantes', Wedekin ficou sem espaço para atuar e praticamente ficaria cumprindo o tempo até o final do mandato do atual governo.
Esse, inclusive, foi o principal motivo da saída de Rodrigues do ministério, substituído por Luís Carlos Guedes Pinto.
Analista do setor de agronegócio antes de assumir o cargo no governo, Wedekin mostrou que os créditos pedidos e liberados no ano passado, ainda no início da crise agrícola, estavam sendo liberados muito tarde para o setor.
Com a saída de Wedekin, Edílson Guimarães, diretor de economia da Secretaria de Política Agrícola, ocupará seu lugar. Outra mudança no ministério será a ida de Luiz Gomes de Souza para a Secretaria Executiva do Ministério da Agricultura.
Engenheiro-agrônomo formado em Viçosa (MG), em 1968, e com mestrado sobre planejamento do desenvolvimento rural na França, Gomes de Souza ocupa o lugar deixado pelo ministro Guedes.
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