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Agronegócios
Quinta - 06 de Julho de 2006 às 10:13

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Trata-se de uma revolução no modelo de comunicação entre as instituições participantes do Consórcio e os demais segmentos da cadeia café, numa troca dinâmica de informações que visam incentivar a incorporação das tecnologias geradas pela pesquisa e colocar a cadeia produtiva do café dentro do moderno contexto da sociedade da informação. Para Heloiza Dias da Silva, especialista em divulgação científica e tecnológica da Embrapa, as instituições de pesquisa componentes do Consórcio não podem apenas gerar informações tecnológicas e aguardar que sejam eventualmente conhecidas e utilizadas.

Ciência compartilhada

Faz parte das metas do Consórcio promover a articulação interna e externa e a circulação da informação tecnológica e a rede de colaboração Peabirus possibilita um ambiente onde pesquisadores, técnicos, extensionistas, produtores e demais profissionais ligados ao café, possam compartilhar as demandas de pesquisa e a viabilidade de aplicação dos seus resultados no campo. Para o pesquisador da Embrapa Café, Paulo Cesar Afonso Júnior, a rede de colaboração Peabirus democratiza a troca de informações e experiências profissionais, possibilitando a todos os usuários o acesso ao conhecimento e inovações.

A rede Peabirus favorece o relacionamento entre as instituições de pesquisa e entre os 12 núcleos de referência do Consórcio, aproximando os pesquisadores em tempo real e sem custo de deslocamento. E, nesta mesma via, os temas discutidos entre os especialistas serão compartilhados entre os demais segmentos, favorecendo a atualização dos profissionais e o melhor gerenciamento do agronegócio café.

Incentivo à informação

O gerente geral da Embrapa Café, que administra o CBP&D/Café, Gabriel Bartholo, ressalta a necessidade de focalizar os esforços na maneira como as tecnologias são levadas ao público, para se transformar em mais produtividade e competitividade. “A idéia é promover a troca de informações e gerar inovação e, com isso, fomentar o desenvolvimento da cafeicultura brasileira”.

A rede Peabirus é mais uma ferramenta de comunicação, com a vantagem de atingir os objetivos coletivos de forma mais integrada e com maior escala do que os meios tradicionais. Se no passado os jornais faziam a ponte entre produção científica e o setor produtivo, hoje a Internet cumpre cada vez mais este papel, possibilitando interações com os usuários para prospecção de demandas. A síntese da visão dos idealizadores do Peabirus, Rodrigo Lara Mesquita e Oswaldo Gouvêa de Oliveira Neto, aponta a rearticulação de processos de relacionamento como o maior benefício para a sociedade que vive a era da informação. “A Internet viabiliza e fomenta a descentralização de processos, agregando novos parâmetros e valores e, com eles, produtividade”, destaca Mesquita. Entenda a rede

A rede Peabirus é uma ferramenta de relacionamento que, sustentado por conceitos de colaboração, conhecimento e negócios, utiliza a infra-estrutura da Internet para agregar comunidades na busca de inovação e competitividade. Dentro do Peabirus existe uma rede criada pelo Conselho Nacional do Café (CNC), desenvolvida para promover a integração entre produtores, cooperativas, associações de cafeicultores e federações de agricultura de estados produtores. Além de possibilitar o sinergismo do setor produtivo com instituições de pesquisa e extensão, por meio de uma sub-rede criada para o CBP&D/Café, composta de 13 comunidades ligadas aos núcleos temáticos de pesquisa e à comunicação. Para a maior compreensão, a especialista Heloiza Silva traça um paralelo com o Orkut, a rede de colaboração mais difundida em todo mundo. As duas iniciativas trabalham com conceitos de redes sociais interativas e dinâmicas. Da mesma forma que no Orkut, para se tornar membro da Rede de Colaboração, Conhecimento e Negócios é preciso ser convidado por outro membro, o que acaba por fazer com que a interação entre pessoas atenda a objetivos comuns. Também como no Orkut, existem comunidades onde é possível trocar informações, fazer intercâmbio de experiências, identificar demandas comuns e soluções compartilhadas.

O grande diferencial dessa rede é que a participação dos membros é orientada e mediada. Trabalha-se com o conceito de governança, com um grupo gestor com a missão de facilitar o processo de relacionamento, avaliar e ajudar a manter o foco e os objetivos da rede. As relações são mais voltadas para o crescimento profissional, para o aperfeiçoamento de processos com inovação tecnológica e para a busca de parcerias empresariais e institucionais.





Fonte: Olhar Direto

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