IGP-DI acelera para 0,67% em junho com preços no atacado
Em junho, o IPA (Índice de Preços por Atacado) avançou de 0,46% para 1,06%, com maior influência dos preços agrícolas. O índice relativo a Matérias-Primas Brutas elevou-se de 1,05% em maio para 2,15%. Os principais destaques para este movimento partiram de itens como: arroz (em casca) (-1,73% para 11,59%), soja (em grão) (2,73% para 4,20%) e laranja (-21,52% para -14,96%). Em sentido oposto, frearam a expansão: aves (6,57% para 1,72%), tomate (-11,10% para -30,67%) e bovinos (-0,50% para -1,44%).
Além disso, os Bens Finais também aceleraram de -1,10%, em maio, para -0,06%, em junho. A principal contribuição partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa subiu de -7,01% para -0,03%.
O índice do grupo Bens Intermediários registrou variação 0,04 ponto percentual superior em junho. O destaque ficou por conta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 0,57% para 1,85%.
Em sentido contrário, os preços para o consumidor e na construção civil apresentaram retração. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou variação de -0,40%, 0,21 ponto percentual abaixo do apurado no mês de maio. As maiores contribuições para esta desaceleração partiram dos grupos Alimentação e Vestuário.
No grupo Alimentação, as reduções partiram de itens como carnes bovinas (2,09% para -2,33%) e hortaliças e legumes (-2,55% para -5,13%). No grupo Vestuário, o destaque coube ao item roupas, que recuaram para 0,53%, ante 0,91%, no mês anterior.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) passou de 1,32%, em maio, para 0,90%, em junho. Segundo a FGV, o movimento é explicado pelo item Mão de Obra, que apresentou menor impacto de reajustes salariais nas cidades de Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Além disso, o índice relativo a Serviços também teve sua taxa reduzida de 0,35% para 0,24%.
Com o resultado de junho, o IGP-DI acumula alta de 1,28% no ano e de 0,98% em 12 meses.
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