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Nacional
Quinta - 06 de Julho de 2006 às 08:45

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A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo negou o habeas corpus de Suzane Louise von Richthofen, que pedia a cisão do julgamento do processo em que é acusada do assassinato dos pais, Marísia e Manfred von Richthofen, em outubro de 2002. Com isso, Suzane e os irmãos Cravinhos serão julgados juntos, pelo mesmo júri.

Em seu despacho, o desembargador Damião Cogan afirma que "assim como todos os acusados participaram e estão denunciados pelos mesmos crimes de competência do Júri, é de reconhecer evidente conexão, não havendo razão para separação de julgamentos".

O júri dos três acusados deveria ter sido realizado no dia 5 de junho. Mas, por manobras adotadas pelos advogados de ambas as partes, o juiz Alberto Anderson Filho foi obrigado a adiar a audiência para o próximo dia 17.

Com a decisão de Cogan, os três acusados serão julgados no mesmo dia, no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo).

Sem garantias na terça-feira (4), o advogado de defesa de Suzane, Mauro Nacif, disse que "está inclinado" a participar do júri de sua cliente no dia 17, mesmo que a Justiça não permita a separação dos julgamentos.

O advogado afirmou, porém, que não pode "assinar" a garantia de que isso aconteça, por respeito aos outros três advogados de defesa.

O promotor Nadir de Campos Júnior, que trabalha no acusação de Suzane, afirmou que "só acredita vendo" que Nacif ficará no Tribunal do Júri no dia do julgamento, ao contrário do que fez no dia 5 de junho.

Os advogados de defesa dos irmãos Cravinhos são a favor de que o júri dos três acusados seja realizado na mesma data.

Manobras - Por meio de manobras jurídicas, os advogados de defesa de ambas as partes obrigaram o juiz Alberto Anderson Filho a adiar o júri do caso von Richthofen.

Os advogados dos Cravinhos não compareceram. Eles alegaram não ter tido contato com os clientes na semana anterior ao júri.

Já a defesa de Suzane deixou o plenário antes que o júri fosse instaurado por causa da recusa do juiz em adiar a sessão devido à ausência de uma testemunha da defesa.

Na terça-feira a ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de habeas corpus para que Suzane deixe o presídio em São Carlos, interior de São Paulo, e retorne a prisão domiciliar. Ela está presa desde a semana passada. (Com Folha on line).





Fonte: Terra

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