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Quinta - 06 de Julho de 2006 às 08:43

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A falta de um registro de nascimento apenas oficializa o estado de exclusão social da família de Suzana de Oliveira. A quilombola foi despejada do barraco pela Polícia Militar na localidade de Mata Cavalo. A trabalhadora rural migrou com os cinco filhos, o marido doente e a égua Pocotó para Cuiabá. No bairro Pedra 90, ganhou uma moradia junto à ação social do município.

Mas a irmã foi assassinada no bairro no final do ano passado. Os criminosos presos e libertados em seguida passaram a ameaçar a família. Com medo, mudou-se para o prédio de uma escola abandonado no nobre bairro Jardim Petrópolis. Está lá há seis meses. A água é doada por um morador.

Toma conta do lugar e mantém razoavelmente limpo. Já vendeu para os vizinhos alface e outros produtos de uma horta que cultivou. Analfabeta, é a única que possui certidão de nascimento. O companheiro, que sofre com uma fratura de fêmur em decorrência de uma queda de cavalo, perdeu o registro. Não tem R$ 150 para retirar a 2º via no cartório de Chapada. Isto impede que consiga dar entrada em qualquer benefício junto ao INSS.

A filha Silvia, de 15 anos, mesmo sem documentos, conseguiu estudar até a 5ª série em Mata Cavalo. Mas este ano está triste por estar fora da escola. Enquanto a remoção para uma das casas no residencial Sucuri não se concretiza a família vive de doações. (SR)





Fonte: A Gazeta

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