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Polícia Brasil
Quinta - 06 de Julho de 2006 às 08:33
Por: Patricia Neves

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A estudante Cíntia da Silva Constância, 11, foi baleada na cabeça acidentalmente durante uma brincadeira por uma amiga dela, J., de 10 anos. A tragédia aconteceu por volta das 19h de ontem, no bairro Ponte Nova, em Várzea Grande. A arma usada, uma pistola calibre 765, foi tirada da casa do aposentado A.S., 72, que é vizinho delas.

O local da tragédia foi um terreno que fica nos fundos da casa de Cíntia. Ela estava estudando na companhia da irmã, que tem 14 anos, e também da irmã da menina que atirou, de 13. A garota J. chegou ao local na intenção de mostrar a arma, mas acabou atirando.

O disparo atingiu Cíntia pelas costas e ela permanece internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande. O projétil permanece alojado no lado esquerdo da cabeça dela.

"Minha filha nasceu de novo. Como explicar o que aconteceu eu não sei". A declaração é da mãe de Cíntia, Dilamar Santos da Silva. Ela contou que estava em casa na hora do disparo. "Pensei que alguém tivesse soltado uma bombinha. Corri com um balde cheio de água na mão pra apagar o fogo e quando cheguei encontrei ela desmaiada na cadeira. As meninas ficaram gritando é tiro, é tiro. Eu não entendia nada. Só me dei conta do que acontecia quando peguei nela. A menina estava gelada. Sai correndo, pedi ajuda para o vizinho e fui para o hospital. Não entendo o porquê, mas acho que foi maldade", desabafa Dilamar.

J., assustada com o que tinha feito, jogou a arma no quintal da casa e saiu correndo dali para chamar seus parentes.

A Polícia Militar chegou e começou a questionar de onde a arma havia saído. Descobriram então que o aposentado, que mora a pelo menos 50 metros da casa de Cíntia, era dono dela. O idoso foi preso por crime de posse ilegal de arma de fogo.

Ele declarou aos policiais que já havia sentido falta da arma, que ficava escondida dentro de um guarda-roupas em sua casa. Ele alegou não saber como a menina descobriu que ela estava ali.

A mãe da menina que atirou permaneceu durante a noite no PSMVG para saber sobre a saúde da vítima.

"Não consigo entender o que aconteceu. Ainda estou a base de sedativos", afirma Dilamar.





Fonte: A Gazeta

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