Tribunal austríaco valida casamento gay
O Tribunal Constitucional da Áustria revogou essa lei, argumentando que a troca de sexo não pode ser impedida pela existência de uma união matrimonial, segundo a rádio pública "ORF". Esta será a primeira vez que haverá um casamento entre duas mulheres na Áustria, apesar de o parágrafo 44 da Constituição afirmar que o casamento deve ser formado por duas pessoas de sexos diferentes.
O advogado Helmut Graupner, que representava o casal, definiu seus clientes como "um casal feliz com dois filhos", e que consideravam que a mudança de sexo de um deles não era motivo para romper a união. "A Promotoria do Estado não existe para anular esses casamentos (transexuais)", assegurou a ministra da Justiça austríaca, Karin Gastinger, que no passado se mostrou favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo.
Esta idéia da ministra é rejeitada pelos demais membros do Gabinete democrata-cristão, liderado pelo chanceler Wolfgang Schüssel.
A porta-voz do Ministério do Interior, Iris Müller-Guttenbrunn, declarou à agência "APA" que já foram iniciadas conversas com o Ministério da Justiça para tratar dos assuntos subseqüentes à decisão, como o direito à previdência, ao divórcio e à herança, entre outros.
O Lambda, comitê pelos direitos da organização homossexual, manifestou sua satisfação pela abolição da "obrigação de se divorciar" após uma mudança de sexo feita por algum dos cônjuges.
Em comunicado, o representante de Social-Democracia e Homossexualismo, Günter Tolar, se disse "muito feliz" com a decisão adotada pelo tribunal e considera que, "outra vez, o Tribunal Constitucional teve que acabar com as contínuas decisões desfavoráveis e homófobas do atual Governo".
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