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Economia
Quarta - 05 de Julho de 2006 às 14:08

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Levantamento conjuntural feito pelo Departamento de Pesquisas Econômicas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso – Fecomércio/MT, de 5 a 14 de junho de 2006, mostra que 82% dos entrevistados acreditam na estabilidade econômica no segundo semestre. Foram ouvidos empresários de 400 estabelecimentos nas áreas de comércio e serviços, que correspondem a 14 municípios: Barra do Garças, Cáceres, Campo Verde, Canarana, Cuiabá, Diamantino, Nortelândia, Primavera do Leste, Rondonópolis, Sapezal, Sinop, Sorriso, Tangará da Serra e Várzea Grande.

No comparativo da entidade, a partir de 2003, o percentual de 82% só é inferior ao do primeiro semestre de 2005, quando o grau de credibilidade na estabilidade econômica era 83%, portanto, apenas um ponto percentual a maior. Por outro lado, entretanto, é superior a 22%, tomando-se por base o segundo semestre do ano passado. O presidente da Fecomércio/MT, Pedro Nadaf disse que ocorreu um fato novo neste trabalho investigativo de mercado, sendo que em todas as pesquisas anteriores as opiniões refletiam um sentimento das pessoas em cima de suas próprias empresas. Neste levantamento, entretanto, há um sentimento focado no coletivo, na expectativa de que o estado sairá da crise, pelo menos é o que mais os empresários estão querendo.

Com relação ao mercado, a pesquisa revela que 61% dos entrevistados são da opinião que haverá crescimento econômico no país e 58% em Mato Grosso. No comparativo ao primeiro semestre aumentou a confiança em 1% no que se refere ao país e caiu 10% no que se refere ao estado, pois na pesquisa divulgada no primeiro semestre deste ano, era de 68%. Por outro lado, comparando-se com o mesmo período de 2005, a credibilidade em nível nacional cresceu 17 pontos percentuais e, em nível estadual 5%.

Outro percentual que mereceu análise refere-se a posição sobre o mercado, sendo que 52% manifestaram-se otimistas, 29% indiferentes e 19% pessimistas. Tomando-se por base o que ocorreu no mesmo período do ano passado, os índices foram respectivamente: 72%, 14% e 14%. Ou seja, as opiniões que revelam otimismo caíram 20%, pessimismo subiu 5% e tornaram-se indiferentes 14% a mais.

Para o presidente da Fecomércio a expectativa em relação ao mercado mato-grossense poderia ser mais delicada, pois de janeiro a junho registrou-se uma queda no comércio varejista na ordem de 9%. “A capital já está sentindo a recessão que veio do interior, que teve a redução da moeda circulante em virtude da crise do agronegócios que atingiu diretamente 15 municípios, sendo os mais afetados, Diamantino, Sapezal, Rondonópolis e Primavera do Leste”, destacou Nadaf. Ele apontou ainda o agravante que vem desde o ano passado com o problema vivido pelas madeireiras, que trouxe o caos na economia para diversas cidades, dentre elas: Sinop, Alta Floresta, Colíder, Juína e Aripuanã, que vivem do extrativismo vegetal.

O ano de 2004, conforme lembrou Nadaf foi o melhor dos últimos 10 anos. Do ano passado pra cá, ocorreu agravamento na economia, 2005 fechou em queda, e 2006 o comércio varejista já aparece, com a maior queda já registrada nos números do IBGE. Ou seja, uma somatória de pontos frágeis que tem gerado problemas econômicos para a região metropolitana de Mato Grosso. “Se verificarmos junto às principais àreas comerciais de Cuiabá, centro da cidade e três shoppings constataremos tal realidade”, frisou.

No que se refere a posição sobre emprego, o mais alto percentual, 42% ficou para a estabilização, 35% aumento e 23% diminuição. Comparando-se com o ano de 2005, os que apontaram a estabilidade foram 46%, o aumento 29% e os que acreditaram que iria diminuir 25%. Ou seja, cresceu em seis pontos percentuais a confiança de que o setor irá ter um incremento, caiu dois pontos a diminuição e aumentou um a estabilização.

A forma de vendas e juros praticados também foram objetos da pesquisa. Com relação ao primeiro item, no que se refere as vendas a vista (dinheiro ou cheque), prática será no nível de 29%; crediário e duplicata, 27%, cheque pré-datado, 24% e cartão de crédito 20%. Na análise comparativa do segundo semestre 2005, as respostas respectivas foram: 31%, 22%, 27% e 20%. Ou seja pequenas variações, entre 1% a 5%, estabilizando-se apenas o cartão de crédito. No tocante ao segundo item, os juros praticados de 0 a 2% obteve a resposta da grande maioria dos entrevistados, 55%, em 2005 foi 54%. Na seqüência, de 2,1 a 4%, o percentual foi de 40%, no ano passado, 26%; de 4,1% a 6%, somente 3% responderam, contra 16%, no mesmo período do exercício anterior; 6,1 a 8% 2%, contra 4% do segundo semestre de 2005. A maior variação foi de 14%, no item de 4,1 a 6% dos juros praticados. Ninguém está praticando acima de 8,1% desde o segundo semestre de 2003.

A inflação no ano de 2006, segundo as expectativas empresariais obedece os seguintes percentuais: de 0 a 3%, tem a opinião da maioria 46%, vindo na seqüência, de 3,1% a 6%, com 42%; 6,1% a 10%, 8% dos entrevistados e mais de 10%, obteve a resposta de 4%.

Os governos federal e estadual foram avaliados, sendo que o de Mato Grosso recebeu 48% de opiniões favoráveis, ou seja, bom, 32% regulares, 15% ótimo e 5% ruim. Ao passo que o do Brasil foram 43% como regular, seguido de 35% ruim, 20% bom e 2% ótimo. Há, em relação ao mesmo período do ano passado, pouca oscilação na ordem de 1 a 2% em relação ao primeiro. No que se refere ao segundo, oscilou de 1% a 13%, sendo que a maior diferença ficou na elevação do percentual entre os que opinaram como ruim.





Fonte: O Documento

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