Unidades definem período mas devem cumprir os dias mínimos

As escolas têm autonomia para estabelecer as férias de julho no período que quiserem, desde que respeitem os 15 dias mínimos previstos em lei. A Escola Municipal de Ensino Básico Gláucia Maria Borges Garcia, no Despraiado, em Cuiabá, tem um motivo especial para usar desta autonomia. A diretora Mariluce Rodrigues da Silva Souza explica que na região é cultural queimar lixo e na época mais forte de seca incêndios deixam o ar insuportável. "As crianças adoecem muito e decidimos parar no meio do ano nas duas primeiras semanas de agosto".

O presidente do Sinepe/MT, Gelson Menegatti Filho, destaca que a escola particular que quiser nem precisa dar esta parada, mas a maioria faz isso mais por uma questão cultural. Conforme ele, é difícil descansar tanto e dar conta de cumprir os 200 anos letivos obrigatórios. "As públicas nunca cumprem".

Transporte - Férias escolares mudam a dinâmica do tumultuado trânsito da Capital. Pelos cálculos do diretor municipal de Trânsito, Rafael Detoni, cai no máximo 20% o número de carros nas ruas em horários de pico, como das 7h às 8h e das 12h às 13h e no final do dia das 17h às 18h. O diretor de Transporte, Cláudio José da Silva, já avisa que estão sendo feitas apurações de como as escolas públicas e particulares vão proceder nestas férias. Com base nisso autorizará a redução da frota de ônibus e o bloqueio dos passes estudantis.