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Internacional
Quarta - 05 de Julho de 2006 às 02:15

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O Conselho de Segurança deve se reunir a portas fechadas nesta quarta-feira, a pedido do Japão, para discutir a crise provocada pelo lançamento de vários mísseis por parte da Coréia do Norte, informaram fontes da organização.

A reunião foi solicitada pelo embaixador do Japão na ONU, Kenzo Oshima, ao embaixador da França, Jean-Marc de la Sabliere, que ocupa a Presidência rotativa do Conselho de Segurança no mês de julho.

Na reunião, o Japão pode apresentar um projeto de resolução contra a iniciativa norte-coreana. Mas os detalhes do texto ainda são desconhecidos.

O ministro de Relações Exteriores do Japão, Taro Aso, anunciou que seu país pode impor suas próprias sanções econômicas à Coréia do Norte em represália contra o lançamento, hoje, de uma série de mísseis, um deles intercontinental.

Em declarações à imprensa citadas pela agência "Kyodo", Aso confirmou que um dos pelo menos seis mísseis disparados era de longo alcance.

Ainda existe uma certa confusão sobre o número exato de mísseis que foram disparados. O Governo japonês disse que pelo menos um deles pode ser de longo alcance, o que representa um grande motivo de preocupação para o país.

O Departamento de Estado americano, por sua parte, considerou a iniciativa norte-coreana "uma provocação" e enviou para o Leste da Ásia o seu negociador para assuntos coreanos, o subsecretário de Estado, Christopher Hill.

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Steve Hadley, comentou, no entanto, que a ação "não representa nenhuma ameaça" para os Estados Unidos.

Hadley afirmou, além disso, que foram cinco os mísseis confirmados, e não seis. Porém, fontes de inteligência da Coréia do Sul elevaram o número a 10.

O presidente dos EUA, George W. Bush, considerou o lançamento de mísseis por parte da Coréia do Norte um "desafio contra a comunidade internacional", segundo fontes oficiais da Casa Branca.

EUA e Japão já tinham avisado que poderiam recorrer ao Conselho de Segurança da ONU para impor sanções econômicas no caso de lançamento de um míssil balístico.

O embaixador dos EUA na ONU, John Bolton, iniciou conversas urgentes com os outros membros do Conselho de Segurança, preparando a reunião.





Fonte: EFE

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