BB passa a ser único responsável por distribuir dinheiro a bancos
'O BC passa a ter um papel mais de regulador', disse João Antonio Fleury, diretor de Administração da autoridade monetária.
Antes da mudança, que começou em abril, o BC fazia a custódia de dinheiro nas dez localidades em que possui representação e não cobrava nada das instituições financeiras. Já o BB atendia em outros 2.620 pontos e cobrava 0,016% sobre o valor da movimentação feita com a instituição financeira.
A partir de agora, o BC não fará mais essa custódia e as instituições financeiras se relacionarão apenas com o BB, que poderá cobrar uma tarifa de até 0,016%.
No entanto, de acordo com Fleury, em algumas localidades ela poderá ser menor, entre 0,008% e 0,010%.
O BC avalia que essa mudança será importante porque haverá uma redução no custo da instituição, além de melhorar o fornecimento de troco para a população --inclusive com a possibilidade de guichês para o atendimento a comerciantes, por exemplo. Segundo o diretor, o BC gasta por ano cerca de R$ 22 milhões com esse processo.
A mudança da custódia foi determina na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional) de outubro. A partir de maio de 2008, outros bancos poderão fazer a custódia de dinheiro, inclusive em parceria, mas não poderão ficar restritos aos grandes centros --onde o custo para distribuição é mais barato.
Para entrar nesse mercado, os bancos precisam cumprir algumas exigências, como ter 'casa forte' própria, ou seja, o serviço de guarda e transporte de dinheiro não poderá ser feito por empresas terceirizadas.
O BC ficará encarregado de auditar a custódia feita pelo Banco do Brasil e, posteriormente, por outros bancos. Essa auditoria também irá verificar se o banco não está tendo lucro com as operações. Segundo ele, a tarifa cobrada deverá ser suficiente apenas para cobrir os custos de operação.
Nota de R$ 1
Fleury disse que o BC tem uma proposta de substituir todas as notas de R$ 1 por moedas, no entanto, não há um prazo para fazer essa mudança.
Ele explicou que essa nota tem uma vida útil que varia entre 12 e 14 meses, enquanto a duração da moeda é de 30 anos. Ou seja, a troca compensa mesmo com o custo maior da moeda, que é de 2,5 vezes o de uma cédula.
Hoje, há 3 bilhões de cédulas em circulação no país e 11 bilhões de moedas de todos os valores.
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