Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 04 de Julho de 2006 às 13:28

    Imprimir


Sem a referência do mercado nova-iorquino, fechado desde as 14h de ontem por conta das comemorações do Dia da Independência nos Estados Unidos, espera-se que o movimento na Bovespa e no câmbio seja também bastante reduzido --os investidores adotam uma postura mais cautelosa, preferindo não tomar posição. Às 10h46, a moeda norte-americana recuava 0,73%, vendida a R$ 2,164, com o risco-país aos 248 pontos. A Bolsa tinha alta de 0,57%, aos 37.573 pontos. A maior parte das européias recuava.

O mercado está de olho no Banco Central, que na segunda-feira, depois de um mês e meio, voltou a comprar dólares à vista. "Embora ele sempre diga que seu objetivo é apenas recompor reservas, acaba aproveitando a oportunidade para fornecer um equilíbrio maior às cotações", afirma Miriam Tavares, diretora de câmbio da corretora AGK.

Desde a quarta-feira passada, o dólar vinha registrando desvalorização ante o real, porque, em comunicado divulgado após a sua última reunião para discussão de política monetária, o Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) alimentou esperanças de que o aperto monetário pode estar próximo do final.

Os investidores estrangeiros que abandonaram o país depois de 10 de maio, quando o Fed havia frustrado as expectativas dos investidores de sinalização de fim do ciclo de elevação da sua taxa básica de juros, podem estar começando a voltar e, somando isso ao elevado superávit da balança comercial do país, a tendência do dólar a partir de agora é de maiores quedas, as quais o BC tentaria impedir.

Outros analistas ressaltam que o BC também não tem interesse em fazer as cotações subirem muito mais, já que a elevação da moeda norte-americana acaba se traduzindo em aumento da inflação.

A partir do final de maio, quando o dólar chegou a subir até R$ 2,40, os indicadores de inflação que incluem produtos cujos preços acompanham a variação da moeda norte-americana, como commodities, tiveram aceleração. O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), por exemplo pulou para 0,75% em junho de 0,38% no mês anterior.

"Diante da possibilidade de o BC voltar a comprar, nossa expectativa para o curto prazo é de que as cotações oscilem entre R$ 2,15 e R$ 2,20", diz Tavares.

Paralelo e turismo

O dólar paralelo ficava estável aos R$ 2,38 e o turismo também se mantinha em R$ 2,26.





Fonte: 24 Horas News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/290871/visualizar/