Paciente do 1º transplante facial recupera sensibilidade
A recuperação da sensibilidade pela paciente após vários meses da cirurgia foi considerada "excelente", e o progresso psicológico tem sido bom, de acordo com reportagem da revista científica The Lancet.
A operação foi considerada um marco por cientistas, que alertavam, contudo, que uma possível reação de rejeição causada pelo sistema imunológico da paciente teria um impacto devastador.
A francesa Isabelle Dinoire, de 38 anos, submeteu-se ao transplante em Amiens no dia 27 de novembro passado, depois de ter sido mordida por um cão.
A equipe de cirurgiões liderada por Bernard Devauchelle, do Centre Hospitalier Universitaire Amiens, passou para a história da medicina ao transplantar tecidos, músculos, artérias e veias retiradas de um doador morto para a parte inferior do rosto de Dinoire.
Fisioterapia
Os cientistas dizem que uma semana depois da operação, Dinoire pode comer e beber quase normalmente, e sua fala melhorou depressa. Segundo eles, apesar da volta da sensibilidade do rosto, a paciente vai precisar de mais exercícios de fisioterapia para restaurar os movimentos em torno dos lábios.
Eles dizem que Dinoire apresentou sinais leves de rejeição do novo tecido, mas a reação foi suprimida por medicamentos.
"O resultado funcional será verificado no futuro, mas este enxerto já pode ser considerado bem sucedido em relação à aparência, sensibilidade e aceitação pelo paciente", afirmou Deuvauchelle.
Desde a operação, uma equipe médica na China realizou um transplante e, uma equipe de ética do Royal Free Hospital, na Grã-Bretanha, está analisando um pedido para realizar um procedimento semelhante.
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