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Internacional
Terça - 04 de Julho de 2006 às 05:10

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O presidente do Parlamento Europeu, Josep Borrell, em declaração institucional, condenou o golpe de Estado franquista de 1936, na Espanha, e o regime ditatorial que ele instalou, e defendeu "a verdade que ilumina" contra os "esquecimentos seletivos".

Num debate por ocasião dos 70 anos do golpe de Estado, Borrell comentou a transição democrática na Espanha. "O processo foi considerado exemplar, mas seu sucesso precisou de esquecimentos seletivos, ou de adiamentos da memória, que agora volta num processo de recuperação que chega às leis", disse.

Borrell ressaltou a dimensão internacional da Guerra Civil na Espanha. "Não foi só uma guerra, e não foi só espanhola. Foi um confronto entre duas grandes concepções do mundo, a primeira grande batalha da Segunda Guerra Mundial", disse o presidente.

"Para alguns foi a última grande causa, para outros foi uma cruzada, com os bispos fazendo a saudação fascista e recebendo generais na entrada das igrejas, com os cemitérios cheios de fuzilados dos dois lados", disse Borrell.

O presidente do parlamento comparou a situação da Espanha e Portugal em grande parte do século XX, com a dos países isolados pela Cortina de Ferro comunista, e lembrou que os Estados Unidos não lutaram pela democracia no sul da Europa como fizeram no leste.

"Como o regime militar foi útil aos americanos na Guerra Fria, se esqueceram de nos libertar", queixou-se.





Fonte: EFE

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