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Economia
Segunda - 03 de Julho de 2006 às 17:36

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É verdade que, ao menos nominalmente, a atual média é cerca de 1% superior à média de R$1,01/kg registrada tanto no segundo semestre de 2001, quanto no primeiro semestre de 2002. Mas basta considerar a inflação acumulada no período para concluir que este foi um dos mais fracos desempenhos – senão o mais fraco – dos últimos cinco anos e meio.

Note-se, de toda forma, que o recuo observado no primeiro semestre deste ano não é fato novo, ocorre há três primeiros semestres consecutivos e deixa a impressão (falsa, espera-se) de que o setor já se acostumou ao fato, admitindo enfrentar perdas na primeira metade de cada ano, certo de que conseguirá recuperar-se na segunda metade do período.

Mas – possibilidade não lembrada – acidentes sempre podem acontecer. Como a conjuminação de uma alta produção com um repentino recuo nas exportações (causado por uma greve setorial interna ou um recuo nas vendas externas). Então, surpreendentemente, até as cotações do segundo semestre recuam, como aconteceu no ano passado. Porém, mais do que chorar o leite derramado, o que importa agora é saber se existe possibilidade de reverter a curva – neste caso inédita, mas também declinante – do segundo semestre de 2005, tornando-a novamente ascendente.

Para que isso venha a ocorrer é preciso que o frango vivo alcance, nos seis meses que apenas se iniciam, cotação média superior a R$1,39/kg, valor médio alcançado nos seis meses finais do ano passado e quase 40% superior aos preços obtidos pelo frango vivo atualmente. Uma cotação, também, que não é alcançada pelo setor desde novembro de 2005.

Ou seja: a reversão parece difícil, senão impossível. A menos que o setor adote medidas radicais objetivando um maior equilíbrio entre oferta e consumo (interno e externo). Mas até mesmo isso vem se revelando pouco provável.





Fonte: Olhar Direto

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