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Internacional
Segunda - 03 de Julho de 2006 às 09:58

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Forças de defesa de Israel lançaram nesta segunda-feira um novo ataque contra o norte de Gaza. A ação ocorreu após ultimato dado pelos grupos terroristas palestinos responsáveis pelo seqüestro de um soldado israelense, no domingo (25), que ameaçam "encerrar o caso" se Israel não libertar todas as mulheres e menores de 18 anos de idade detidos em suas prisões até as 6h desta terça-feira (zero hora de Brasília).

Ontem o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, ordenou que seja feito o que for preciso para libertar o soldado. "Quero que ninguém consiga dormir à noite em Gaza para que saibam o que sentem as comunidades do sul de Israel", disse, referindo-se às cidades que freqüentemente são alvo de ataques de foguetes palestinos Qassam [de fabricação caseira]. Olmert disse ainda que Israel não aceitará chantagens.

Poucas horas depois, os seqüestradores deram uma "última oportunidade" a Israel para recuperar o soldado Gilad Shalit, exigindo a libertação de cerca de 1.400 prisioneiros palestinos. Caso Israel não aceite a proposta, os seqüestradores disseram que vão considerar o "caso encerrado" [dando a entender que não haverá mais garantia da segurança do soldado].

Apesar de Israel ter dito que não negociará com terroristas, informações publicadas nesta segunda-feira pelo jornal israelense "Haaretz" dão conta que Olmert poderá libertar prisioneiros palestinos que não estejam envolvidos em atividades terroristas, casos seja acertada a libertação do soldado.

protesto

Nesta segunda-feira, cerca de cem pessoas fizeram uma manifestação em frente à representação diplomática do Egito em Gaza, para pedir que Cairo apóie a reivindicação palestina a favor da libertação de prisioneiros em troca da libertação do soldado israelense seqüestrado.

Com gritos de "pedimos ao Egito que fique do lado dos palestinos, e não dos ocupantes", um grupo de homens e mulheres --muitos com a fotos de parentes presos em Israel-- dirigiu-se até a delegação diplomática para entregar uma carta de protesto.

O grupo islâmico Hamas, à frente do governo palestino, rejeitou ontem uma proposta egípcia para resolver a crise gerada pelo seqüestro do soldado.

O primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh, e parte da cúpula do governo que não foi detida por Israel [cerca de um terço dos membros do governo estão presos] estão escondidos em casa de pessoas de confiança e mantêm reuniões extremamente sigilosas. Há informações de que ele só se comunicam por fax ou e-mail, e nunca usam telefones celulares [que podem ser rastreados].

Alguns, como o vice-primeiro-ministro palestino, Naser al Shaer, estão "desaparecidos" desde a semana passada, quando começaram as ações de Israel contra a faixa de Gaza em represália ao seqüestro do soldado israelense. Membros do governo do Hamas também não estão usando carros para se locomover, e tampouco usam seus escritórios [alvos de ataques aéreos de Israel].





Fonte: Folha Online

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