OCB quer criar cooperativas pecuárias

Contando com entidades nos mais variados segmentos, com destaque para o agronegócio, crédito e saúde, a OCB-MS, segundo o presidente Celso Ramos Régis, está buscando estreitar relações com entidades, sindicatos rurais e associações de criadores para difundir as noções do cooperativismo. "Nesta semana do Dia Internacional do Cooperativismo (que foi comemorado no último sábado) estamos mostrando que a união dos produtores por meio do cooperativismo pode ser mais rentável para os pecuaristas, principalmente de corte. Queremos mudar o pensamento individualista que caracteriza a classe", frisou.

Ele lembrou que no Estado existem inúmeras cooperativas de leite, que tem bons resultados. "No entanto não há nenhuma de pecuária leiteira", lembrou.

Na sua avaliação, o meio necessita de melhor conhecimento sobre o cooperativismo como forma de melhorar os rendimentos na atividade. "Os pecuaristas unidos poderiam barganhar melhores preços pela carne, acabando com a intermediação. Por isso é preciso ver o cooperativismo como um todo, inclusive como uma organização empresarial, mas sem fins lucrativos", disse.

Destacando o crescimento do cooperativismo nestes 16 anos no Estado, o presidente lembrou a força do agronegócio neste processo. As maiores cooperativas do Estado são agrícolas. No entanto, nos últimos anos o cooperativismo de crédito teve um "boom" no Estado. "O segmento de crédito é o que mais cresceu no Brasil, em virtude da credibilidade que passa para os associados", enfatizou.

Ele conclui dizendo que a OCB-MS está buscando novos desafios. "Estamos adotando um dos princípios do cooperativismo, o da inter-cooperação, buscar parcerias com todos os segmentos da sociedade organizada, ampliando o número de pessoas beneficiadas por uma empresa cooperativa", destaca.

O que é a OCB-MS

Órgão de representação do cooperativismo sul-mato-grossense, a OCB-MS é uma sociedade civil sem fins lucrativos, filiada à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e que tem como missão promover e fomentar a idéia do cooperativismo por meio da capacitação e da difusão de seus princípios doutrinários, integrar o sistema cooperativista, promover e desenvolver o cooperativismo, como também, dar sustentação às sociedades cooperativas e seus integrantes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável de nosso Estado, através de alianças estratégicas em busca de resultados efetivos para o sistema cooperativo e, por consequência, para a melhor qualidade de vida da sociedade.

Segundo a ACI – Aliança Cooperativa Internacional, existem no mundo cerca de 800 mil cooperativas e um bilhão de cooperados, sendo que em países como Canadá, Finlândia, Israel, Áustria e Austrália 70% da população é cooperativada; nos EUA, Dinamarca, Japão e Portugal mais de 40% da população é filiada a uma cooperativa; em média na Europa, o percentual chega aos 40% da população.

No Brasil, apenas 5% da população participa de uma cooperativa. São cerca de 7.580 cooperativas e 6 milhões de cooperados. Ao todo, o cooperativismo brasileiro representa 6% do PIB nacional.

O grande desafio é "adotando um dos princípios do cooperativismo, o da inter-cooperação, buscar parcerias com todos os segmentos da sociedade organizada, ampliando o número de pessoas beneficiadas por uma empresa cooperativa".