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Nacional
Segunda - 03 de Julho de 2006 às 07:13

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A Polícia Civil do Distrito Federal anunciou o desmembramento de uma quadrilha de 17 pessoas acusadas de assaltar bancos na região Centro-Oeste. Na madrugada deste domingo, 12 homens foram presos – sete em Brasília e cinco no Nordeste. Ainda faltam mais cinco suspeitos. Dois foram detidos em Ceilândia, um em Taguatinga e o restante no Entorno, quando voltavam do município de Parambú (CE). Lá, a quadrilha roubou R$ 600 mil de agência do banco Bradesco, na última sexta-feira, segundo a polícia. Até agora, R$ 145 mil foram resgatados. O restante do dinheiro teria sido dividido com outros integrantes do bando. Estima-se que eles tenham adquirido R$ 1 milhão em três assaltos nos últimos dois meses.

Além do crime em Parambú, a mesma quadrilha articulou roubo em carro-forte, também no Ceará e a uma agência bancária no interior do Mato Grosso, de onde levaram R$ 350 mil. Segundo o titular da Delegacia de Repressão a Roubo (DRR), Adval Cardoso de Matos, cinco pessoas foram presas no Nordeste. No DF, outros dois estão foragidos. “Eles trocaram de carro no caminho e nós os perdemos na ação”, conta. Todas a prisões ocorreram entre 23h30 de sábado e 3h da madrugada deste domingo.

O grupo usava Brasília como um QG para arquitetar os assaltos que fariam no Centro-Oeste. Além disso, faziam pequenos roubos para arrecadar dinheiro e investir em crimes de maiores portes. “Eles estavam aqui porque não eram conhecidos. Transitavam facilmente com documentos falsos”, diz o delegado. Ele estima que cada assalto custava para o bando cerca de R$ 30 a R$ 40 mil, entre aluguel de carros, armas e o levantamento de dados.

Cardoso diz que o grupo agia sempre com muita violência e usava armas pesadas, de uso restrito da polícia. “Eram pistolas, fuzis, metralhadoras e explosivos. Nos bancos, eles já chegavam atirando. No último assalto, alvejaram uma funcionária, mas felizmente ela está bem”, informa. O armamento era alugado por uma pessoa do Nordeste, ainda foragida. “Não quero falar o nome para não atrapalhar as investigações. Mas já sabemos quem é”, garante o delegado.

Antônio Roberto dos Santos Filho, 33 anos, Alex Castro Ferreira, 23, Washington Silva Dias, 23, Reinaldo Xavier Pereira, 24, Ademir Teixeira Flores, 43, Adelson Pereira de Araújo, 35 anos, Luiz Marques Rodrigues, 27 anos foram presos. Nenhum dos acusados era do Distrito Federal. “Alguns são do Nordeste e outros de Goiás ou Mato Grosso”, diz o delegado.

Eles estão no Departamento de Polícia Especializada (DPE). Em Brasília, responderão por crime de formação de quadrilha e uso de documentos falsos. Os crimes podem chegar a seis anos de prisão. Em outros estados, eles responderão por roubo. A pena varia de quatro a 10 anos.

Investigação A investigação da polícia já durava dois meses. A DRR chegou aos assaltantes depois que uma agência do Banco Real foi assaltada no Colégio JK, em Taguatinga, no ano passado. Segundo o delegado, Luiz Marques Rodrigues, conhecido como Goiano, participou do assalto e arrecadou cerca de R$ 8 mil reais para colaborar com a estrutura da quadrilha.

Ações Em Brasília, eles alugaram uma casa, onde arquitetavam o assalto. Segundo a DRR, o grupo ficava em contato direto com a facção do Nordeste, dentre eles um homem que coordenava parte da ação de dentro de uma cadeia. Negociavam quantos carros usar, quanto dinheiro precisariam e como alugariam as armas. A estrutura do grupo era alimentada por pequenos roubos de carros e de bancos.





Fonte: Correio WEB

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