Motoristas apontam estresse e prejuízo
Ele afirma que a viagem ficou longa, cansativa e estressante para passageiros e motoristas. Em alguns trechos, as carretas se lançam para o lado contrário e o medo de acidente é constante. "A gente vê de tudo acontecer. É gente com roda, motor ou pneu estourado. Tem acidente todo dia, já presenciei uns 10".
Os buracos isolados representam, na opinião de Santos, um risco ainda maior, já que o motorista acelera um pouco mais. De tanto torcer o volante de um lado para o outro e estar com atenção dobrada, ele reclama de dores constantes nas costas, pernas e ombros. "Já dei nome para todos os buracos, tem um que chama meu querido presidente".
O empresário brinca que além das placas, as autoridades deveriam comprar um bonecos infláveis, passar tinta fosforescente, para sinalizar melhor ainda os buracos. "Manter a parte de suspensão do carro boa para viajar tem aumentado o custo".
Ele avalia como contraditório a morte de gente nas estradas em razão de buracos num país que tem uma das mais altas cargas tributárias do mundo.
O caminhoneiro Jorair Mendes, 53, reclama que da última vez que precisou passar pela estrada gastou R$ 1,2 mil para trocar dois pneus estourados. "Além dos outros imprevistos, também precisamos arcar com mais isso". Ele mora em São Paulo e geralmente traz frutas e verduras até os municípios da região de Cáceres. Como a carga geralmente é perecível, precisa contar com a ajuda de "Deus" para que a viagem tenha sucesso. "Tento fazer a minha parte, mas o governo não faz a dele". (RD)
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