Protesto na embaixada egípcia em Gaza pede libertação de presos

Cerca de cem pessoas fizeram uma manifestação hoje em frente à representação diplomática do Egito em Gaza, para pedir que Cairo apóie a reivindicação palestina a favor da libertação de prisioneiros em troca da libertação do soldado israelense seqüestrado.

Com gritos de "pedimos ao Egito que fique do lado dos palestinos, e não dos ocupantes", um grupo de homens e mulheres - muitos com a foto de algum parente preso em Israel - se deslocou hoje até a delegação diplomática para entregar uma carta com seu protesto.

"Esta é uma boa oportunidade de conseguir a libertação de milhares de presos", comentava Amal, uma mulher de 33 anos que foi ao protesto para pedir a libertação de seu filho Rajab, de 20 anos, preso em Israel porque tentou atravessar ilegalmente a fronteira com esse país.

Miriam, uma jovem de 18 anos que participou da manifestação em solidariedade aos parentes dos presos lembra que "em menos de três horas depois do seqüestro do soldado israelense, o mundo inteiro falava disso, quando ocorrem coisas a nós, não acontece nada, estamos esquecidos, onde está a democracia, onde está a justiça?".

O grupo islâmico Hamas, à frente do Governo palestino, rejeitou ontem a "proposta egípcia" para resolver a crise gerada pelo seqüestro do soldado.

Em virtude da iniciativa, segundo informações oferecidas aos meios de comunicação, Israel deveria parar imediatamente as operações na Faixa de Gaza e sair deste território. Em um "futuro próximo" - com garantias do presidente egípcio, Hosni Mubarak -, libertaria um "número indeterminado de prisioneiros".

O grupo islâmico, junto com outras duas facções responsáveis pelo seqüestro do soldado israelense, Gilad Shalit, deram um ultimato hoje a Israel até 6h de amanhã (3h de Brasília) para responder a suas reivindicações. Caso contrário, Israel será responsável pelas conseqüências, que não precisaram.

As facções palestinas exigem a libertação de presos palestinos em troca da libertação de Shalit.