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Morales comemora projeções de boca de urna
No entanto, as votações na Assembléia Constituinte - que se reunirá a partir do dia 6 de agosto - serão decididas por dois terços dos votos.
O partido de Morales, o Movimiento ao Socialismo, precisaria de cerca de 40 assentos a mais para controlar a votação, o que obrigará o MAS a fazer alianças.
Numa entrevista coletiva depois das eleições, neste domingo, Evo Morales comemorou os resultados, dizendo que eles representam o apoio da população a seus programas de nacionalização e redistribuição de terras, além de uma "consolidação da mudança do modelo econômico neoliberal que prejudicou tanto o país."
Numa votação paralela, os bolivianos também tiveram de decidir se as nove províncias do país deveriam ter mais autonomia, mas os resultados oficiais das eleições só devem ser conhecidos em 25 dias.
Autonomia
As pesquisas de boca de urna indicaram que quatro províncias - Santa Cruz, Tarija, Pando e Beni - ricas em recursos naturais, votaram a favor de maior autonomia regional.
Mas cinco outras - mais pobres, onde a população indígena é maioria - teriam rejeitado a idéia de autonomia, como havia pedido Morales.
"Nós queremos ser um país exemplar na América Latina, com a participação do povo. É isso que é histórico no dia de hoje", disse Morales.
Os resultados da votação sobre autonomia ainda têm interpretações divergentes na Bolívia: enquanto alguns dizem que a constituinte deveria considerar automaticamente a autonomia nas províncias onde ela foi aprovada, outros defendem que como a maioria decidiu pelo não, nenhuma região da Bolívia poderia ser autônoma.
Mais de cem observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Européia foram enviados à Bolívia e estão analisando os resultados de alguns dos 23 mil postos de votação.
"Nós temos recebido relatos de várias partes do país e, até agora, eles têm sido positivos", disse Horacio Serpa, um observador da OEA. Nacionalização e reformas
Evo Morales, eleito em janeiro deste ano, nacionalizou as indústrias de petróleo e gás, começou a redistribuir terras, cortou o salário do funcionalismo público e espera promover o uso legal da folha da coca.
A coca é a planta usada para produzir a cocaína, mas a folha também tem uso medicinal e cerimonial na Bolívia.
Alguns dizem que as mudanças que vêm ocorrendo na Bolívia representam uma revolução democrática.
De qualquer forma, Morales parece determinado a continuar com as reformas radicais que ele vem implementando no país mais pobre da América do Sul, segundo o correspondente da BBC Daniel Schweimler.
A Assembléia Constituinte passará entre seis meses e um ano redigindo uma nova constituição que será então votada pela população.
Entre os planos de Morales estão a intenção de dar mais voz à população indígena, maioria no país, aumentar o controle do Estado sobre a economia e promover a transparência no tradicionalmente corrupto sistema político.
Morales chegou ao poder depois de dois anos de tensão na Bolívia. Nesse período, dois governos foram depostos por protestos de populares violentos.
Apesar das promessas democráticas de Morales, a ligação dele com os governos de Cuba e da Venezuela e o ritmo acelerado das reformas têm preocupado alguns, tanto dentro como fora da Bolívia.
O partido de Morales, o Movimiento ao Socialismo, precisaria de cerca de 40 assentos a mais para controlar a votação, o que obrigará o MAS a fazer alianças.
Numa entrevista coletiva depois das eleições, neste domingo, Evo Morales comemorou os resultados, dizendo que eles representam o apoio da população a seus programas de nacionalização e redistribuição de terras, além de uma "consolidação da mudança do modelo econômico neoliberal que prejudicou tanto o país."
Numa votação paralela, os bolivianos também tiveram de decidir se as nove províncias do país deveriam ter mais autonomia, mas os resultados oficiais das eleições só devem ser conhecidos em 25 dias.
Autonomia
As pesquisas de boca de urna indicaram que quatro províncias - Santa Cruz, Tarija, Pando e Beni - ricas em recursos naturais, votaram a favor de maior autonomia regional.
Mas cinco outras - mais pobres, onde a população indígena é maioria - teriam rejeitado a idéia de autonomia, como havia pedido Morales.
"Nós queremos ser um país exemplar na América Latina, com a participação do povo. É isso que é histórico no dia de hoje", disse Morales.
Os resultados da votação sobre autonomia ainda têm interpretações divergentes na Bolívia: enquanto alguns dizem que a constituinte deveria considerar automaticamente a autonomia nas províncias onde ela foi aprovada, outros defendem que como a maioria decidiu pelo não, nenhuma região da Bolívia poderia ser autônoma.
Mais de cem observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Européia foram enviados à Bolívia e estão analisando os resultados de alguns dos 23 mil postos de votação.
"Nós temos recebido relatos de várias partes do país e, até agora, eles têm sido positivos", disse Horacio Serpa, um observador da OEA. Nacionalização e reformas
Evo Morales, eleito em janeiro deste ano, nacionalizou as indústrias de petróleo e gás, começou a redistribuir terras, cortou o salário do funcionalismo público e espera promover o uso legal da folha da coca.
A coca é a planta usada para produzir a cocaína, mas a folha também tem uso medicinal e cerimonial na Bolívia.
Alguns dizem que as mudanças que vêm ocorrendo na Bolívia representam uma revolução democrática.
De qualquer forma, Morales parece determinado a continuar com as reformas radicais que ele vem implementando no país mais pobre da América do Sul, segundo o correspondente da BBC Daniel Schweimler.
A Assembléia Constituinte passará entre seis meses e um ano redigindo uma nova constituição que será então votada pela população.
Entre os planos de Morales estão a intenção de dar mais voz à população indígena, maioria no país, aumentar o controle do Estado sobre a economia e promover a transparência no tradicionalmente corrupto sistema político.
Morales chegou ao poder depois de dois anos de tensão na Bolívia. Nesse período, dois governos foram depostos por protestos de populares violentos.
Apesar das promessas democráticas de Morales, a ligação dele com os governos de Cuba e da Venezuela e o ritmo acelerado das reformas têm preocupado alguns, tanto dentro como fora da Bolívia.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/291117/visualizar/
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