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Futebol ainda não consegue atrair norte-americanos
Se você olhar para o público norte-americano acompanhando uma partida de futebol você verá um povo segurando com dificuldade um bocejo durante a Copa do Mundo da Alemanha.
Apesar de o dobro de televisores estarem ligados durante os jogos da primeira fase, antes de os Estados Unidos serem eliminados, o futebol ainda aparece abaixo de torneios de pôquer que são televisionados na terra em que o beisebol, basquete e futebol americano comandam a programação.
A média de 2,5 de TV ligadas na ABC nos primeiros oito jogos da Copa representa pouco, chegando a casa de oito milhões de telespectadores num país de quase 300 milhões.
Apenas 3,9 milhões de norte-americanos assistiram à Copa do Mundo de 2002, que obteve uma audiência de 1,1 bilhão ao redor do mundo.
Por outro lado, cerca de 91 milhões de telespectadores viram o Super Bowl desse ano, o clímax da temporada do futebol norte-americano. Cerca de 39 milhões assistiram à premiação do Oscar, a grande noite de Hollywood, em março, e 36 milhões se ligaram na final do programa de talentos American Idol, em maio.
No canal a cabo de esportes da ABC, a ESPN, que presumivelmente atrairia mais torcedores de verdade do esporte, a Copa do Mundo teve poucos telespectadores, com uma média de 1,75 milhão em canais que alcançam 91 milhões de lares.
Nenhuma surpresa, então, que uma pesquisa do Global Market Insite (GMI) tenha apontado que apenas 11 por cento dos norte-americanos consultados estavam "definitivamente" interessados na Copa do Mundo, comparado com os 45 por cento ao redor do mundo.
"Apesar da estimativa de 420 milhões de dólares terem sido investidos em parcerias oficiais por empresas dos Estados Unidos para ganhar visibilidade mundial, os fatos não mentem: os Estados Unidos estão muito atrás de outras nações quando o assunto é ser apaixonado por esse "bonito jogo de futebol", disse a GMI.
A pesquisa revelou que 56 por cento dos norte-americanos nem sabiam que a Copa do Mundo 2006 estava acontecendo na Alemanha. COMENTARISTAS HOSTIS
O futebol simplesmente não faz parte da cultura de um país que freqüentemente se orgulha de seu isolamento esportivo.
Milhões de crianças jogam futebol nos EUA, mas enquanto o futebol acontece espontaneamente nas praias do Rio de Janeiro e Cidade do Cabo, ou nas vielas de Berlim e Bolonha, você não verá jovens chutando uma bola nas ruas de Memphis ou Filadélfia.
A Fifa, entidade que governa o futebol, esperava impulsionar o interesse no jogo quando declarou os Estados Unidos a sede da Copa do Mundo de 1994.
O evento teve a maior média de público na história das Copas do Mundo e deu início à Liga de Futebol que agora conta com 12 times, mas ainda luta para conseguir um lugar no lotado mercado norte-americano de esportes.
A opinião norte-americana ainda é formada por um punhado de comentaristas esportivos que quase não consegue esconder sua hostilidade com o futebol.
Enquanto a seleção dos Estados Unidos estava competindo em sua quinta Copa consecutiva, dois oponentes de longa data do futebol pareceram se suavizar.
Primeiro, foi Frank Deford, colunista da revista Sports Illustrated, que se diverte em provocar os fãs de futebol com piadas ultrajantes.
Num comentário numa Rádio Pública Nacional, ele na verdade elogiou a paixão dos fãs do mundo todo, e chamou os jogadores de "estrelas do suor."
A transformação foi aparecendo, entretanto, conforme Deford continua pensando que futebol não é para norte-americanos.
"América é um dos poucos países que escaparam de ser infectados pela pandemia do futebol", disse Deford. Houve mais interesse no mês passado nas finais do basquete profissional e do hóquei nos Estados Unidos, "o único país onde o futebol não é importante", declarou ele.
Outro aparente convertido foi Jack Kemp, ex-jogador da Liga Nacional de Futebol Norte-Americano (NFL) e candidato republicano à presidência, que uma vez chamou o futebol de "socialista e coletivista" durante um discurso no congresso.
"Assistindo nossa seleção de futebol empatar com a Itália na semana passada e no domingo assistindo ao atlético time brasileiro, estou aqui publicamente para dizer que o futebol pode ser interessante de se assistir", afirmou Kemp.
Apesar de o dobro de televisores estarem ligados durante os jogos da primeira fase, antes de os Estados Unidos serem eliminados, o futebol ainda aparece abaixo de torneios de pôquer que são televisionados na terra em que o beisebol, basquete e futebol americano comandam a programação.
A média de 2,5 de TV ligadas na ABC nos primeiros oito jogos da Copa representa pouco, chegando a casa de oito milhões de telespectadores num país de quase 300 milhões.
Apenas 3,9 milhões de norte-americanos assistiram à Copa do Mundo de 2002, que obteve uma audiência de 1,1 bilhão ao redor do mundo.
Por outro lado, cerca de 91 milhões de telespectadores viram o Super Bowl desse ano, o clímax da temporada do futebol norte-americano. Cerca de 39 milhões assistiram à premiação do Oscar, a grande noite de Hollywood, em março, e 36 milhões se ligaram na final do programa de talentos American Idol, em maio.
No canal a cabo de esportes da ABC, a ESPN, que presumivelmente atrairia mais torcedores de verdade do esporte, a Copa do Mundo teve poucos telespectadores, com uma média de 1,75 milhão em canais que alcançam 91 milhões de lares.
Nenhuma surpresa, então, que uma pesquisa do Global Market Insite (GMI) tenha apontado que apenas 11 por cento dos norte-americanos consultados estavam "definitivamente" interessados na Copa do Mundo, comparado com os 45 por cento ao redor do mundo.
"Apesar da estimativa de 420 milhões de dólares terem sido investidos em parcerias oficiais por empresas dos Estados Unidos para ganhar visibilidade mundial, os fatos não mentem: os Estados Unidos estão muito atrás de outras nações quando o assunto é ser apaixonado por esse "bonito jogo de futebol", disse a GMI.
A pesquisa revelou que 56 por cento dos norte-americanos nem sabiam que a Copa do Mundo 2006 estava acontecendo na Alemanha. COMENTARISTAS HOSTIS
O futebol simplesmente não faz parte da cultura de um país que freqüentemente se orgulha de seu isolamento esportivo.
Milhões de crianças jogam futebol nos EUA, mas enquanto o futebol acontece espontaneamente nas praias do Rio de Janeiro e Cidade do Cabo, ou nas vielas de Berlim e Bolonha, você não verá jovens chutando uma bola nas ruas de Memphis ou Filadélfia.
A Fifa, entidade que governa o futebol, esperava impulsionar o interesse no jogo quando declarou os Estados Unidos a sede da Copa do Mundo de 1994.
O evento teve a maior média de público na história das Copas do Mundo e deu início à Liga de Futebol que agora conta com 12 times, mas ainda luta para conseguir um lugar no lotado mercado norte-americano de esportes.
A opinião norte-americana ainda é formada por um punhado de comentaristas esportivos que quase não consegue esconder sua hostilidade com o futebol.
Enquanto a seleção dos Estados Unidos estava competindo em sua quinta Copa consecutiva, dois oponentes de longa data do futebol pareceram se suavizar.
Primeiro, foi Frank Deford, colunista da revista Sports Illustrated, que se diverte em provocar os fãs de futebol com piadas ultrajantes.
Num comentário numa Rádio Pública Nacional, ele na verdade elogiou a paixão dos fãs do mundo todo, e chamou os jogadores de "estrelas do suor."
A transformação foi aparecendo, entretanto, conforme Deford continua pensando que futebol não é para norte-americanos.
"América é um dos poucos países que escaparam de ser infectados pela pandemia do futebol", disse Deford. Houve mais interesse no mês passado nas finais do basquete profissional e do hóquei nos Estados Unidos, "o único país onde o futebol não é importante", declarou ele.
Outro aparente convertido foi Jack Kemp, ex-jogador da Liga Nacional de Futebol Norte-Americano (NFL) e candidato republicano à presidência, que uma vez chamou o futebol de "socialista e coletivista" durante um discurso no congresso.
"Assistindo nossa seleção de futebol empatar com a Itália na semana passada e no domingo assistindo ao atlético time brasileiro, estou aqui publicamente para dizer que o futebol pode ser interessante de se assistir", afirmou Kemp.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/291175/visualizar/
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