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Internacional
Domingo - 02 de Julho de 2006 às 11:25

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Um mês após o início da mobilização das tropas da Guarda Nacional para apoiar o controle da imigração ilegal, apenas 2.500 soldados chegaram à fronteira dos Estados Unidos com o México, e os estados encontram dificuldades para enviar suas forças. Kristine Munn, porta-voz do Escritório da Guarda Nacional em Arlington, no estado da Virginia, disse que, ao término do primeiro mês da operação "Jump Start", 11 dos 50 estados americanos se comprometeram a enviar soldados para evitar a entrada ilegal de imigrantes.

O presidente americano, George W. Bush, prometeu em maio que enviaria até 6.000 soldados da Guarda Nacional à fronteira.

"Além dos estados fronteiriços - Califórnia, Arizona, Novo México e Texas -, os estados de Delaware, Arkansas, Dakota do Sul, Wisconsin, Kentucky, Montana e Tennessee assinaram os protocolos para envio de soldados", disse Munn.

"Agora há 2.500 soldados nesta operação, mas não quer dizer que todos estes estados já tenham enviado suas unidades", acrescentou.

Bush pediu aos 50 estados que enviassem soldados, mas cada um deles tem suas próprias necessidades envolvendo estas forças: alguns do oeste enfrentam incêndios florestais e os do litoral do Golfo se preparam para a temporada de furacões.

Os estados do nordeste sofreram duas semanas de fortes chuvas e extensas inundações que exigiram a mobilização de seus guardas dentro de seus próprios territórios.

Além disso, desde o começo da guerra contra o terrorismo em 2001, e especialmente depois que os EUA invadiram Iraque, a Guarda Nacional aumentou seus serviços em regiões de combate, tendo sua maior atividades desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

No início da operação "Jump Start", chegaram a Juma, no Arizona, 55 soldados da Guarda Nacional de Utah, onde trabalham na extensão das barreiras que marcam a fronteira em frente à cidade mexicana de Saint Louis Rio Colorado.

Mas estes soldados chegaram seguindo convênios prévios: vários estados enviaram unidades escolhidas para a região de fronteira porque as atividades nesta área permitem o treinamento em um clima e território desérticos parecidos com o do Iraque.

O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que já enviou cerca de mil soldados de sua Guarda Nacional para a vigilância da fronteira, anunciou que não pode mobilizar outros 1.500 para o Arizona e o Novo México em um período em que se propagam os incêndios em pastos e florestas.

O governador de Arkansas, Mike Huckabee, de mostrou confiante de que poderá enviar à fronteira os 150 soldados da Guarda Nacional de seu estado, mas seu tom foi de pouco entusiasmo. "O presidente disse que isto é importante e dado que sua ordem é que os convoquemos, aceitarei que isto ajudará um pouco", disse.

O coronel Pete Brooks, porta-voz da Guarda Nacional da Carolina do Sul, disse que os planos deste Estado para a temporada de furacões exigem 1.600 soldados e que uma emergência poderia exigir o dobro.

"Se houver uma tempestade como (o furacão) Katrina, precisaremos que todos os soldados da Guarda Nacional que não estejam no Iraque sejam mobilizados nas ruas para conduzir a evacuação", destacou.

De acordo com a Patrulha Fronteiriça, ligada ao Departamento de Segurança Nacional, e o Escritório da Guarda Nacional, subordinado ao Pentágono, os soldados da Guarda Nacional não poderão prender imigrantes ilegais.

Os soldados colaboram na construção de cercas, na ampliação de rotas para o trânsito dos veículos da Patrulha Fronteiriça e na construção de colunas para iluminação e instalação de câmeras de vigilância.





Fonte: EFE

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