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Domingo - 02 de Julho de 2006 às 08:00
Por: Alecy Alves

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O trecho da Avenida Miguel Sutil, entre o Parque Mãe Bonifácia e o trevo de acesso ao Centro de Eventos do Pantanal, tornou-se um dos pontos mais perigosos das vias públicas de Cuiabá. Lá, nos últimos dois meses, pelo menos quatro pessoas morreram em acidentes.

Entre as vítimas fatais estão os jovens Arefson Antônio de Arruda, 25 anos, que morreu num acidente ocorrido no dia seis de maio, e Domingos Sávio Borges Maia, de 25 anos, morto num outro acidente que aconteceu no dia 19 de junho.

De acordo com estatísticas da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU), nos últimos cinco anos 22 pessoas morreram e 906 ficaram feridas em acidentes ocorridos na avenida Miguel Sutil.

Não há dados específicos sobre o trecho em questão, mas o diretor de Trânsito da SMTU, Rafael Detoni, reconhece que aquela é uma área de grande risco. Detoni, entretanto, está convicto que os acidentes não têm qualquer relação com a geometria da pista, sinalização, iluminação ou condições do asfalto.

Para o diretor de Trânsito, a principal causa de acidentes naquele e em outros pontos da avenida é a imprudência dos motoristas, como desrespeito à sinalização e o excesso de velocidade.

Conforme Rafael Detoni, não há nenhum estudo ou reavaliação da pista previsto e tampouco discussão sobre instalação de redutores de velocidade para o local.

“Vias arteriais como a Miguel Sutil, construídas para melhorar a fluidez do tráfego, dar mais mobilidade, não têm porque ter quebra-molas”, argumenta o diretor da SMTU. Se construir redutores, acredita Detoni, os órgãos de trânsito estarão punindo também quem respeita o limite de velocidade.

O empresário Nelcir Luiz Testolin, dono da Metal Calhas, empresa que recentemente teve sua sede invadida às 5 horas da manhã por um carro desgovernado, cujo motorista morreu no acidente, discorda de Rafael Detoni.

Nelcir perdeu as contas de quantos acidentes testemunhou ou soube que aconteceu no trecho. Ele também acredita que o excesso de velocidade dos carros seja a principal causa das mortes, mas acha que há medidas que podem amenizar o problema.

Na avaliação do empresário, os perigos seriam menores com uma melhor sinalização vertical e horizontal, pintura da pista e instalação de novas e mais placas com mensagens de alerta, por exemplo. E ainda, a construção de um redutor de velocidade próximo ao trecho do Centro de Eventos do Pantanal.

A dona de casa Mariana Leocárdia Pereira da Silva, de 55 anos, que habitualmente faz caminhada no Parque Mãe Bonifácia, concorda com o empresário. Maria, que mora na região, diz que sente verdadeiro pavor ao atravessar a Miguel Sutil. “Adoro caminhar no parque, mas as vezes desisto por medo de cruzar a avenida”, reforçou ela.





Fonte: Diário de Cuiabá

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