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Família é suspeita de comandar 50 assassinatos no RJ
Mesmo com a condenação de um e prisão de outros dois integrantes da família Avelino, a cidade de Vassouras, localizada a 116 quilômetros do Rio de Janeiro, não se livrou do medo. A família é suspeita de comandar pistoleiros responsáveis por cerca de 50 assassinatos no sul do Estado desde a década de 60. No município, várias pessoas, entre elas o delegado da 95ª DP (Vassouras), José Soares, dois detetives e até o juiz da Vara Criminal, Leonardo Teles, estão ameaçados por pessoas supostamente ligadas à família.
"Não adianta, vamos continuar trabalhando", afirma Soares. Júlio Avelino de Oliveira Filho, o Julinho Avelino, 62 anos, tido como um dos mais cruéis do clã, se entregou dia 7 de abril.
Acusado de tentativa de homicídio, ele estava foragido há mais de um ano. Filho dele, Júlio Avelino de Oliveira Neto, o Sarará, 29, condenado em 2003 a 14 anos de prisão por homicídio, cumpre pena em Bangu II. Joubert Eduardo de Souza, 19, por sua vez, fruto de romance extraconjugal de Antônio Fernando de Oliveira, o Nicão Avelino, morto em acidente de carro na década de 90, aguarda júri popular pela morte do arquiteto Rodolfo Gigante Iannuzi, 26, em festa à fantasia, em 2003, em Miguel Pereira.
Desesperado, o operador de máquina Edson Presott Marcondes, 42 anos, diz ser o próximo a morrer: "Pode ser a qualquer hora e lugar. Quando os Avelino marcam alguém, nunca deixam de cumprir". Ele escapou da morte em 8 de novembro de 2004, quando, na frente de duas filhas, levou quatro tiros, disparados por Fábio Gomes dos Passos, 31, e Élio Henrique Bandeira, 33.
Os dois foram presos em flagrante por PMs e teriam sido contratados por Julinho Avelino, que ¿comprou briga¿ de um conhecido, com quem Marcondes se desentendeu por causa da compra mal resolvida de trator. "Hoje, passo as noites em claro e uso uma pistola, devidamente registrada, para defender a minha família", conta.
O vendedor Vagner Luiz Lopes de Sá, 30 anos, também se diz ameaçado por Julinho Avelino: "Ele cismou que eu teria delatado um de seus capangas à polícia". Mês passado, Marcondes e Sá estenderam faixa na porta do Fórum acusando Julinho. "Há um ano, nossas vidas viraram inferno, com telefonemas e ameaças feitas pessoalmente pelos jagunços. Se morrermos, os Avelino são culpados", avisa Sá.
Várias mortes no currículo Rodolfo Iannuzzi foi morto com tiro de pistola no rosto porque conversava com ex-namorada de Joubert Avelino. O acusado foi preso numa das fazendas da família, em Valença, durante megaoperação que envolveu 20 agentes federais.
Sarará, tio de Joubert, foi condenado pela morte de Luiz Augusto Costa Monteiro, com três tiros, em setembro de 1995, no Centro de Vassouras. Monteiro levava uma parente ao hospital e cruzou com Sarará, que estava com o carro parado, atrapalhando o trânsito. A vítima teria buzinado e, irritado, Sarará fez vários disparos.
Entre as acusações contra membros da família está também a da morte, em maio de 2000, do cavaleiro Ronaldo Silva Soares, 26. Ele foi morto com três tiros em plena arena de rodeios do Parque de Exposições Ecoturístico do Trabalhador. Outra morte suspeita seria a do delegado Varonil Fernandes, em 2003. Fernandes, que morreu de acidente na Via Dutra, havia investigado Júlio Avelino.
"Não adianta, vamos continuar trabalhando", afirma Soares. Júlio Avelino de Oliveira Filho, o Julinho Avelino, 62 anos, tido como um dos mais cruéis do clã, se entregou dia 7 de abril.
Acusado de tentativa de homicídio, ele estava foragido há mais de um ano. Filho dele, Júlio Avelino de Oliveira Neto, o Sarará, 29, condenado em 2003 a 14 anos de prisão por homicídio, cumpre pena em Bangu II. Joubert Eduardo de Souza, 19, por sua vez, fruto de romance extraconjugal de Antônio Fernando de Oliveira, o Nicão Avelino, morto em acidente de carro na década de 90, aguarda júri popular pela morte do arquiteto Rodolfo Gigante Iannuzi, 26, em festa à fantasia, em 2003, em Miguel Pereira.
Desesperado, o operador de máquina Edson Presott Marcondes, 42 anos, diz ser o próximo a morrer: "Pode ser a qualquer hora e lugar. Quando os Avelino marcam alguém, nunca deixam de cumprir". Ele escapou da morte em 8 de novembro de 2004, quando, na frente de duas filhas, levou quatro tiros, disparados por Fábio Gomes dos Passos, 31, e Élio Henrique Bandeira, 33.
Os dois foram presos em flagrante por PMs e teriam sido contratados por Julinho Avelino, que ¿comprou briga¿ de um conhecido, com quem Marcondes se desentendeu por causa da compra mal resolvida de trator. "Hoje, passo as noites em claro e uso uma pistola, devidamente registrada, para defender a minha família", conta.
O vendedor Vagner Luiz Lopes de Sá, 30 anos, também se diz ameaçado por Julinho Avelino: "Ele cismou que eu teria delatado um de seus capangas à polícia". Mês passado, Marcondes e Sá estenderam faixa na porta do Fórum acusando Julinho. "Há um ano, nossas vidas viraram inferno, com telefonemas e ameaças feitas pessoalmente pelos jagunços. Se morrermos, os Avelino são culpados", avisa Sá.
Várias mortes no currículo Rodolfo Iannuzzi foi morto com tiro de pistola no rosto porque conversava com ex-namorada de Joubert Avelino. O acusado foi preso numa das fazendas da família, em Valença, durante megaoperação que envolveu 20 agentes federais.
Sarará, tio de Joubert, foi condenado pela morte de Luiz Augusto Costa Monteiro, com três tiros, em setembro de 1995, no Centro de Vassouras. Monteiro levava uma parente ao hospital e cruzou com Sarará, que estava com o carro parado, atrapalhando o trânsito. A vítima teria buzinado e, irritado, Sarará fez vários disparos.
Entre as acusações contra membros da família está também a da morte, em maio de 2000, do cavaleiro Ronaldo Silva Soares, 26. Ele foi morto com três tiros em plena arena de rodeios do Parque de Exposições Ecoturístico do Trabalhador. Outra morte suspeita seria a do delegado Varonil Fernandes, em 2003. Fernandes, que morreu de acidente na Via Dutra, havia investigado Júlio Avelino.
Fonte:
O Dia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/291317/visualizar/
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