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Internacional
Domingo - 02 de Julho de 2006 às 04:44

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O movimento islâmico Hamas tem o prazo de até hoje para responder a um plano do presidente egípcio, Hosni Mubarak, destinado a resolver a crise sobre a captura e seqüestro há uma semana do soldado israelense Gilad Shalit por milicianos desse e de outros dois grupos.

Assim informaram "importantes fontes palestinas" citadas hoje pelo jornal israelense "Ha''aretz", acrescentando que o prazo foi dado ao primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ismail Haniyeh, e outros dirigentes do Hamas na Faixa de Gaza, além de a seus líderes políticos com sede em Damasco, liderados por Khaled Mashaal.

Ghazi Hamad, porta-voz do Governo de Haniyeh, cujo escritório foi atacada nesta madrugada por um helicóptero israelense, disse que as gestões para solucionar a crise - que afeta grande parte da população civil em Gaza - estão estagnadas, e responsabilizou Israel por se negar a libertar mil prisioneiros palestinos.

Por enquanto, após o impacto gerado pelo ataque contra o escritório de Haniyeh, enquanto seus ministros estão praticamente na clandestinidade, não se sabe a reação às notícias sobre o suposto prazo de 48 horas dado por Mubarak na sexta-feira passada.

"O presidente Mubarak falou com o presidente sírio, Bashar al-Assad, e lhe sugeriu que pressione (os dirigentes do Hamas residentes em Damasco) para que aceitem sua proposta", disseram as fontes palestinas.

"A proposta consiste em que o soldado israelense seja libertado imediatamente e, em troca disso, Israel libertará prisioneiros em um futuro próximo", disseram.

O "plano" egípcio não menciona quando os prisioneiros serão libertados, nem quantos serão, acrescentaram.

A princípio, o Hamas rejeitou a proposta de Mubarak, pois não confia no Governo israelense, por isso o presidente egípcio ofereceu garantia pessoal.

Os prisioneiros que ficariam em liberdade, segundo informações sobre o "plano de Mubarak" reveladas à imprensa, seriam os que já estão perto de terminar a sentença à qual foram condenados por tribunais militares.

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, e o ministro da Defesa israelense, Amir Peretz, deviam informar hoje ao Conselho de Governo em plenário sobre o andamento da operação militar "Chuva de Verão" em Gaza, após o seqüestro de Shalit.

Também devem informar sobre os contatos com o presidente Mubarak.

Segundo as fontes palestinas, o presidente Assad disse a Mubarak que os líderes do Hamas "não têm nenhuma ligação com o seqüestro do soldado", e que as decisões "devem ser tomadas pelo braço armado do movimento", as Brigadas de Izz al-Din al-Qassam.

No entanto, os representantes do Hamas que negociam com os emissários de Mubarak em Gaza sustentam que a liderança no exílio sírio deve adotar uma decisão.

As fontes palestinas comentaram ao jornal israelense que o chefe dos serviços secretos egípcio, Omar Suleiman, falou por telefone com Mashal, a quem Israel atribui ter dado a ordem de capturar o soldado, e que o líder palestino disse que aconselhou os chefes dos "batalhões" a aceitarem a proposta de Mubarak.

Os resultados de uma pesquisa divulgada na sexta-feira passada pelo jornal "Yediot Aharonot" afirma que a maioria dos israelenses é a favor de uma troca do soldado Shalit por prisioneiros palestinos, enquanto o Governo de Olmert exige sua libertação "incondicional".





Fonte: EFE

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